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'É um choque', diz amigo de professora morta durante aula de catequese em Estância Velha

Crime ocorreu na noite de quinta-feira (31). Vítima foi identificada como Elaine Maria Tretto, de 51 anos.

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Divulgação

A morte de uma professora deixou estarrecida a população de Estância Velha, cidade de pouco mais de 40 mil habitantes localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre. O crime ocorreu durante uma aula de catequese na noite de quinta-feira (31).

A vítima foi identificada como Elaine Maria Tretto, de 51 anos, foi agredida, torturada e morta por enforcamento. Para a Polícia Civil o crime pode ter relação com alguma vingança.

"Quando veio essa notícia, todo mundo disse 'não pode ser ela, logo a Elaine, o que que houve?'. Para quem conhece ela é um choque", lamenta ao amigo José Gustavo Hartmann.

Rosana Poggere foi colega de Elaine por mais de 20 anos e não sabe o que pode ter motivado o crime. "Nada justifica tamanha crueldade que uma pessoa possa fazer com outro. E uma pessoa que nunca fez nada para ninguém, uma pessoa que sempre trabalhou em prol do bem das pessoas. A comunidade toda está sentida, porque ela era muito conhecida, pelo bem que ela fazia para todos."

Na manhã desta sexta-feira (1), integrantes da comunidade penduraram uma faixa de luto em frente ao prédio. O sepultamento está marcado para a manhã de sábado (2), em Serafina Corrêa, no Vale do Taquari.

Professora dava aula a três alunas

A professora estava no salão paroquial quando foi surpreendida por volta das 20h por um homem usando capacete, roupas pretas e coturnos. Segundo o delegado Luiz Fernando Nunes da Silva, responsável pela investigação, três alunas e uma menina de 10 anos - filha de uma das mulheres - estavam no local e foram amordaçadas e algemadas.

Em seguida, a professora foi arrastada para outra sala. Testemunhas contaram que no local havia muito sangue, um indício de que Elaine teria sido espancada. Logo depois, ela teria sido enforcada no marco da porta de um banheiro.

Duas das três testemunhas já prestaram depoimento à polícia. "Elas relataram que inicialmente acharam que fosse um assalto, porque ele pediu o celular e a chave do carro dela", relata o delegado.

Em meio ao crime, as testemunhas conseguiram ouvir o homem falando com a mulher. "Ele teria falado que estava se vingando dela, que tinha prejudicado o irmão dele no passado", conta o delegado.

Sobre o corpo dela foram deixados vários panfletos de um serviço de denúncia que a catequista ajudava a divulgar. Além disso, Elaine seria uma defensora da proposta da vigilância comunitária. Não se sabe qual a relação dos papéis com a morte. Elaine também teve as mãos e os pés amarrados com uma fita.

Elaine também era ex-professora da rede municipal de ensino de Estância Velha. Ela deixa dois filhos, de 11 e 19 anos.

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