Buscar

Empresário é condenado a 19 anos de prisão por estupro de vulnerável em MS

José Carlos Lopes está envolvido no caso de exploração sexual de menores investigado pelo Gaeco. Outras 3 mulheres também foram condenadas.

Cb image default
 

O empresário José Carlos Lopes, envolvido no escândalo que exploração sexual de menores investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi condenado, nesta segunda-feira (23), a 19 anos e dez meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável. A defesa informou que vai analisar a decisão.

Segundo a decisão do juiz Marcelo Ivo, da 7ª Vara Criminal, o empresário foi condenado "por ter ficado demonstrado que ele praticou conjunção carnal e outros atos libidinosos com a vítima de 13 anos de idade e praticou atos libidinosos com a vítima de 10 anos, tendo, quanto a esta última, o juiz aplicado o atual entendimento do STJ no sentido de ser irrelevante a existência ou não de contato físico entre o agente e a vítima".

Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça registraram conversas entre José Carlos Lopes e Rosedélia Alves Soares, a Rose, acusada de aliciar menores para a exploração sexual negociando encontros com adolescentes. Em um dos telefonemas divulgados na época, Rose diz que já está no motel com uma das adolescentes, aguardando o empresário.

A acusada também foi condenada. A pena para ela, por exploração sexual, foi de 25 anos, sete meses e 24 dias de prisão e o pagamento de 113 dias-multa, já que, de acordo com a decisão, ficou demonstrado que ela submeteu cinco vítimas à prostituição, sendo uma de 10 anos, duas de 13 anos e outras duas de 14 anos de idade.

Outras duas mulheres também foram condenadas por exploração sexual. Uma a 13 anos, cinco meses e 18 dias de prisão e ao pagamento de 33 dias-multa por submeter três vítimas à prostituição, sendo uma de 13 anos e outras duas de 14 anos de idade; e a outra acusada foi condenada a nove anos e quatro meses de reclusão, além do pagamento de 22 dias-multa por submeter duas vítimas à prostituição, sendo uma de 10 anos e outra de 13 anos de idade.

Na mesma sentença, o juiz absolveu as três acusadas quanto a associação criminosa. Embora tenha havido comprovação que duas selecionavam as vítimas e prestavam suporte em suas entregas para serem prostituídas e exploradas sexualmente pelos clientes de Rose, o juiz entendeu que não houve demonstração que elas tenham, em algum momento, atuado juntas para a prática dos crimes. As acusadas também foram absolvidas quanto ao crime de estupro de vulnerável.

O advogado do empresário, José Belga Trad, informou que ainda não foi notificado da decisão e que vai analisar a sentença. O advogado das outras três pessoas, José Roberto Rosa, disse que vai recorrer da decisão.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.