Fronteira registra 4 mortes em dois dias

Um homem e uma mulher foram encontrados mortos na manhã de ontem em um barraco na entrada do assentamento Corona, no município de Ponta Porã. De acordo com informações de policiais que atenderam a ocorrência, os corpos foram encontrados dentro de um barraco de lona próximo à BR-463, que liga Ponta Porã a Dourados.

As vítimas ainda não foram oficialmente identificadas, mas o homem seria conhecido como Josuel. Ele seria dependente de drogas e morava no barraco com a mulher.

Segundo os policiais, havia muito sangue no local do crime, no entanto, até o fechamento desta edição, a perícia não confirmou se a morte teria sido causada por tiros ou arma branca.

Com o achado dos cadáveres, já somam quatro os homicídios registrados na fronteira desde a madrugada de domingo. Os outros casos remetem à morte de um adolescente de 16 anos, identificado como Nilson Benitez, executado com 12 tiros na tarde de domingo, por volta de 13h30. O crime ocorreu em um acampamento conhecido como Santa Ana Apa.

Segundo informações do site Porã News, o motivo para a execução pode ser acerto de contas do submundo do crime organizado que opera na fronteira com o Brasil.

Outro assassinato foi o de Carlos Antônio Vargas, de 37 anos, conhecido como ‘Carlinhos’, morto na madrugada de domingo quando transitava pela BR-267, em Porto Murtinho. De acordo com o site Porã News, o rapaz é ex-funcionário de uma loja de móveis.

Segundo a polícia, há sinais de que a vítima teria tentado escapar, mas morreu. O corpo foi encontrado por volta de 8h, nas imediações da rodovia com duas perfurações de arma de fogo.

A moto da vítima estava abandonada a aproximadamente 700 metros do corpo e a polícia acredita que o mesmo foi perseguido e executado. A polícia investiga o que motivou o crime.

Sidrolândia

A Polícia Civil trabalha para esclarecer motivação e autoria do assassinato de Alex Pereira Gomes, de 24 anos, ocorrido domingo. O rapaz foi atingido por vários tiros quando estava na rua Generoso Ponce, no residencial Pindorama, em Sidrolândia, e morreu no hospital público da cidade.

O pai de Alex foi quem registrou o caso na polícia. Segundo informações policiais, ele declarou que o filho chegou a ser socorrido por equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), contudo não resistiu. O pai declarou ainda, que soube por pessoas que moram na região, que Alex havia sido baleado. Também informou aos policiais que o filho havia sido agredido e ameaçado por dois homens, na semana passada.

Um deles, inclusive, teria passado no sábado de motocicleta várias em frente à casa da vítima. O caso foi registrado como homicídio e está sob investigação.