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Funcionário público está envolvido em furto de gado 

Papel dele no crime, como funcionário da Sefaz, foi emitir notas fiscais falsas para ‘esquentar’ gado furtado 

Antônio Jocival de Almeida, 43 anos, foi um dos quatro presos envolvidos no furto de cabeças de gado em uma fazenda de Mato Grosso do Sul. O papel dele no crime, como funcionário da Secretaria de Fazenda (Sefaz) foi emitir as notas fiscais falsas para ‘esquentar’ o gado furtado. 

A investigações começaram após a denúncia do proprietário da fazenda, localizada na saída para Sidrolândia, no final do mês de maio. 

O crime teria ocorrido em fevereiro, só que o proprietário só deu falta dos gados, quase um mês depois. Ao informar o furto, o dono afirmou que desconfiava do funcionário, Gedison Nunes Teixeira.  

“No mês de junho, nós os localizamos e ele foi intimado a comparecer na delegacia, onde negou todos os fatos. Ele alegou que não mexia com gado que estava só na lavoura.

As investigações continuaram e ontem pela manha o Gedison foi novamente localizado, onde confirmou que cometeu o furto do gado com a colaboração de um intermediador, que conhecia o comprador”, explica o delegado do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras), Fábio Peró. 

O intermediador seria André Luiz Leite, que conhecia o comprador, José Leonardo Correia Manus. “O José Leonardo seria o comprador de má fé, porque sabia que o gado era furtado tanto é que ele foi atrás da nota fiscal para esquentar esse gado”, afirma Peró. O funcionário da Agenfa, Antônio trabalhava há 12 anos na Agência. 

“Ele confessou que teve participação na emissão de outras notas fiscais e também regularizava o estoque de vários pecuaristas. Encontramos um funcionário qualificado da Agenfa, antigo cometendo este tipo de delito mediante vantagem indevida”, revela o delegado. 

José Leonardo comprou as cabeças por R$ 350 cada, sendo que o valor de mercado seria R$ 1,5 mil cada cabeça. Depois, José revendeu a preço de mercado, por um comprador de boa fé, com notas fiscais frias.  

Gedison ainda levou o calote, já que José ficou de pagar depois os R$ 7 mil, referente a compra do gado, mas não recebeu. A polícia não conseguiu recuperar os gados, que foram abatidos pelo outro proprietário de boa fé, já que o crime aconteceu em fevereiro. Ele não será indiciado.  

Os quatro foram autuados em flagrante por associação criminosa, com pena de 1 a 4 anos de prisão. Gedison já tem passagens na polícia por outro furto, dano e apropriação indébita. O funcionário da Agenfa tem seis passagens por crimes como ameaça, violência doméstica, maus tratos e outros de menor potencial ofensivo. Apenas Gedison não pagou fiança e está detido. 

Antônio também é investigado por outro crime, já que regularizava o estoque de vários pecuaristas. Ele fraudava dados cadastrais em um sistema da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), inserindo um número falso de estoque de animais vacinados. O sistema de cadastro é livre para os proprietários, que também podem responder por crime, caso apresentem dados incorretos. 

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