Publicado em 29/03/2021 às 09:19, Atualizado em 29/03/2021 às 13:22

Padrasto afirma à polícia que matou enteado porque ele abusava da mãe e irmã; caso é investigado

Ele e a mãe do rapaz foram presos em flagrante. Polícia afirma que apura se crime foi premeditado e a veracidade do que foi alegado pelo casal.

G1,
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Foto: Reprodução/Facebook

O padrasto suspeito de matar o enteado, de 26 anos, dentro da própria casa em Mongaguá, no litoral de São Paulo, afirmou à polícia que cometeu o crime após descobrir que o jovem abusava sexualmente da mãe e da irmã. Paulo Henrique Coelho foi atingido por dois disparos de arma de fogo e morreu no local. A mãe de Coelho, de 49 anos, é suspeita de também ter envolvimento no homicídio. Ela e o companheiro foram presos em flagrante após o crime.

As alegações feitas pelos suspeitos foram informadas pela Polícia Civil ao G1 nesta segunda-feira (28). A polícia relata que Paulo tinha problemas mentais e que o padrasto, de 45 anos, afirmou às autoridades que se revoltou após descobrir que a esposa e enteada foram vítimas de abuso sexual. Por esse motivo, segundo o suspeito, ele cometeu o homicídio.

O crime aconteceu em uma residência na Avenida Sorocabana, na Vila Seabra, na última quarta-feira (24). Vizinhos e testemunhas, que ouviram os disparos, acionaram a Polícia Militar. Eles indicaram, também, as características do autor dos tiros e do veículo utilizado por ele.

Os policiais localizaram os suspeitos no veículo descrito, próximo ao local em que Paulo foi morto. Havia vestígios de sangue na roupa do padrasto e na maçaneta do carro. No assoalho do veículo, os policiais encontraram, ainda, um suporte de arma vazio.

Quando foi questionado sobre o objeto, o homem informalmente confessou aos policiais que havia matado o enteado e apontou que a arma estava embaixo do banco do passageiro. Ele e a mãe da vítima, que também estava no carro, foram conduzidos ao 1º DP de Mongaguá.

Uma testemunha também prestou depoimento na delegacia. Segundo ela, o padrasto matou o jovem com dois tiros, enquanto a esposa dele aguardava dentro do carro, estacionado em frente à residência. Os dois foram presos. Testemunhas afirmaram à polícia que, durante a semana, eles já disseram que matariam Paulo.

Apesar do que a mãe e o padrasto alegam como motivação da crime, a polícia segue com as investigações para identificar se tudo que disseram é verdade. Nas redes sociais, familiares da vítima se mostraram revoltados com o ocorrido e lamentaram a morte do jovem. "Matou meu irmão inocente", publicou um dos irmãos maternos de Paulo.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o homicídio segue em investigação pela Polícia Civil de Mongaguá e a dupla continua presa. A equipe realiza diligências em busca de elementos que auxiliem no esclarecimento da motivação do crime. Segundo apurado pelo G1, será feita a perícia dos aparelhos telefônicos dos suspeitos para identificar se o crime foi premeditado.