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Antes de matar mulher, pai pediu que menina não saísse do quarto

Em entrevista Delegado deu detalhes sobre depoimento do autor e testemunha.

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(Foto: Cido Costa)

O delegado Anézio Rosa de Andrade, responsável pelo caso da morte de Cleide Irala, de 39 anos, ocorrida no sábado (26), em Laguna Carapã, relatou como se deu as investigações que apontaram o esposo dela, um homem de 41 anos, como autor de feminicídio. De acordo com o delegado desde o inicio o homem era tido como suspeito, porém faltavam indícios.

Uma das testemunhas foi a filha do casal, uma menina de 8 anos de idade. "A criança contou que o pai começou a discutir com a mãe e em determinando momento pediu para ela entrar no quarto e não sair. Escondida do pai, a menina saiu e decidiu segui-lo quando presenciou ele agredindo a mãe e em seguida jogando-a no poço. Nesse momento a criança relata que ficou com medo que o pai fizesse algo contra ela também e voltou para o quarto", afirmou o delegado.

Na entrevista, o delegado afirmou que a frieza do autor surpreendeu até a polícia. No primeiro momento o autor disse a polícia que foi dormir com a esposa e quando acordou no meio da noite percebeu que ela não estava mais ao lado e que horas após procurar a mulher encontrou ela morta dentro do poço. "Ele estava no local acompanhando todo o trabalho policial e do Corpo de Bombeiros e Perícia Técnica", afirmou.

Ainda segundo Dr. Anézio, a Polícia Civil segue investigando o caso para saber se a Cleide foi morta antes de ser jogada no poço ou se a morte decorreu da queda ou outro fator. O homem foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio e está na Delegacia de Dourados a disposição da Justiça. "Pedimos a prisão preventiva e caberá ao Poder Judiciário a decisão", finalizou o delegado.

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