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Pai de aluno que atirou em colegas dentro de escola presta depoimento em delegacia de Goiânia

Dois alunos morreram e quatro ficaram feridos. Menor está apreendido.

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O pai do aluno de 14 anos que atirou contra colegas dentro de uma escola de Goiânia está prestando depoimento na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). Ele, que é policial militar, chegou por volta de 9h15 e não quis gravar entrevistas. O adolescente segue apreendido.

O crime aconteceu na manhã de sexta-feira (20) em uma sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia. Os disparos aconteceram no intervalo entre duas aulas.

Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, o autor dos disparos disse que sofria bullying de um colega e, inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e o de Realengo, no Rio de Janeiro, decidiu cometer o crime. Filho de policiais militares, ele pegou a pistola .40 da mãe e a levou para a unidade educacional dentro da mochila.

Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, de 13 anos, morreram no local. Os outros quatro alunos baleados foram socorridos e levados a hospitais de Goiânia. Um deles, Hyago Marques, recebeu alta neste domingo e já se recupera em casa, mas outros três seguem internados.

A juíza plantonista Mônica Cézar Moreno Senhorello acatou recomendação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e determinou, no sábado (21), a internação provisória do aluno por 45 dias. A sessão para definir a sentença do menor deve ocorrer no Juizado da Infância e Juventude, em Goiânia, mas ainda não tem data marcada.

No dia dos disparos dentro da escola, a coordenadora da unidade, Simone Maulaz Elteto, foi quem convenceu o aluno a travar a arma e se entregar. Ela revelou que o aluno chegou a apontar a arma contra ela.

"Me aproximei dele, não tive medo, coloquei a mão no ombro dele, perguntei: 'O que houve, tá tudo bem?' Ele tava um pouco alterado", contou.

Em seguida, o adolescente atirou novamente. "Ele deu um tiro pra trás da sala, para a parede. Aí eu falei: 'Fica calmo, me dá a arma, entrega pra mim'. Ele não quis e ele falou quero que chame meu pai. Eu disse: 'Já chamei seu pai, fique tranquilo, confie em mim, nós vamos resolver isso'", relatou Simone.

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