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Polícia apresenta quadrilha que assaltou pelotão da PM e dois bancos no interior de MS

O Garras, a Polícia Federal, a Polícia Civil de Ponta Porã, o Defron e o DOF desarticularam uma quadrilha especializada em assaltos a agências bancárias em municípios do interior do Estado.

O Garras, a Polícia Federal, a Polícia Civil de Ponta Porã, o Defron e o DOF desarticularam uma quadrilha especializada em assaltos a agências bancárias em municípios do interior do Estado.  Nove pessoas foram presas por dois roubos, o primeiro em 5 de dezembro de 2012 no município de Aral Moreira e o segundo no dia 30 de novembro na cidade de Antônio João. Outras duas pessoas já foram identificadas e a polícia diz acreditar que outros ainda estejam envolvidos.

Foram presos Valdecy José de Araújo, 47 anos, conhecido como ‘Velho’ ou ‘Baby’, o líder da quadrilha. Mauri Nunes da Costa, 33 anos conhecido como ‘Poconé’, José Rodrigo Halke Domingues, ‘Luty’ de 28 anos, Bábio Wilhans Rodrigues Miranda, chamado de ‘Piroca’, de 33 anos, Ronaldo de Almeida Cardoso, ‘Negão do PCC’ de 47 anos e Bruno Alberto de Souza, o ‘Buguinho’ mais novo da quadrilha, com 22 anos. Também foram detidos o policial paraguaio Antolin Gaona Zayas, e o policial militar de Antônio João, Márcio Rodrigues.

Segundo o delegado titular do Garras Alberto Vieira Rossi, essa é uma quadrilha especializada em assaltos a estabelecimentos bancários. “Nós já vínhamos investigando desde o roubo em Aral Moreira, depois eles realizaram outro roubo com as mesmas características em Antônio João e a partir da prisão de Mauri conseguimos encontrar o restante da quadrilha”, fala.

Novo Cangaço

Além desses roubos a quadrilha também fez os mesmos crimes nas cidades Paraguaias de São Cristovão, Rosário e Cidade del Leste.  De acordo com o delegado Vieira Rossi a quadrilha age de forma mais ofensiva, como um “Novo Cangaço”. Os bandidos rendem as forças policiais de municípios pequenos, fazem vários reféns e assaltam as agências bancárias dos locais, sempre em grande número de integrantes da quadrilha.

Mauri foi detido pela PF no dia 2 de dezembro e o restante da quadrilha foi preso no dia 5, em uma operação entre as forças policiais do Brasil e do Paraguai. Valdecy foi preso com identificação falsa, e contam em seu nome mais de 14 mandatos de prisão expedidos pela Justiça, com envolvimento direto a roubo a banco e a carro forte.

Fábio Wilhans foi detido com duas pistolas 9mm e uma carabina calibre 44. Ele seria responsável pela guarda de parte do armamento utilizada no assalto a Antônio João. Fábio também era um dos financiadores da quadrilha, contribuindo com R$15 mil reais para o roubo em Antônio João.

O cabo da PM preso teria participado de reuniões para o planejamento da ação do roubo e teria cedido um rádio HT para que a quadrilha monitorasse a comunicação dos carros da polícia. Não foram encontrados os armamentos roubados do pelotão da cidade de Antônio João.

O policial paraguaio preso seria responsável pela guarda do armamento e também pelos trajes utilizados no crime. Na sua casa, no Paraguai também foram encontrados entorpecentes e coletes roubados do  Bradesco de Antônio João. Ele também fornecia os veículos para a fuga.

De acordo com a polícia os homens vão responder processo por organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, falsidade ideológica e tráfico de entorpecentes. Segundo Vieira Rossi a quadrilha pode contar com até 15 integrantes ou mais. “Existem alguns membros de facções criminosas entre os envolvidos no assalto, mas nós ainda estamos investigando”, fala.

Roubo em Antônio João

Os criminosos roubaram armas do Pelotão da Polícia Militar da cidade, entre as armas foram levados um fuzil, uma espingarda calibre 12, duas pistolas ponto 40, dois coletes balísticos e os celulares dos policiais militares.

Os assaltantes ainda fizeram duas explosões para tentativa de abrir o cofre, quando policiais civis chegaram para oferecer apoio foram recebidos a tiros pelos criminosos que fugiram em dois carros, abandonando o da polícia com os policiais militares dentro.

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