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Polícia de SP prende mulher suspeita de mandar matar PM Juliane em Paraisópolis

Eliane Cristina Oliveira Figueiredo foi presa nesta segunda (10). Ela atuaria no tráfico de drogas de Paraisópolis, comunidade onde a soldado foi morta no início de agosto.

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Divulgação

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu nesta segunda-feira (10) uma mulher suspeita de ser a mandante da morte da PM Juliane Duarte dos Santos. Eliane Cristina Oliveira Figueiredo, conhecida como “Neguinha", atuaria no tráfico de Paraisópolis, na Zona Sul da cidade.

Juliane desapareceu no início de agosto, após ir a um bar em Paraisópolis, e foi encontrada morta com um tiro na cabeça no porta-malas de um carro quatro dias depois.

Segundo apurou o G1, Eliane teria sido uma das quatro responsáveis torturar e assassinar a soldado. Ela teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.

Eliane chegou a prestar depoimento no dia 10 de agosto. Ela seria dona do barraco onde os investigadores, à época do crime, encontraram quatro armas.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que a Polícia Civil prendeu, na manhã desta segunda-feira (10), uma mulher de 29 anos, em cumprimento a mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. "O caso está em investigação pelo DHPP e mais detalhes não serão passados, pois o inquérito encontra-se em segredo de Justiça."

Até agora, dois suspeitos estão presos temporariamente. Um deles é Felipe Oliveira da Silva, que aparece nas imagens de uma câmera de segurança dirigindo a moto da policial numa rua perto da Praça Panamericana.

Ele disse em depoimento à polícia que aceitou levar a moto de Juliane para longe de Paraisópolis, mas negou qualquer participação no assassinato. “Sou inocente”, disse ao ser detido.

O outro preso é Everaldo da Silva Félix, conhecido como "Sem Fronteira", que teria relação com o tráfico de drogas.

O crime

Juliane, que tinha 27 anos, desapareceu no dia 02 de agosto na comunidade de Paraisópolis. O corpo dela foi encontrado quatro dias depois dentro do porta-mala de um carro.

A policial foi a Paraisópolis comemorar o nascimento do bebê de um casal de amigos. Em seguida, foi para um bar, e lá bandidos descobriram que ela era PM.

Uma testemunha disse que, por volta das 3 horas, ao retornar do banheiro, ela teria escutado alguém reclamar do sumiço de um aparelho celular. Neste momento, “sacou a arma da cintura e colocou sobre a mesa, dizendo que ninguém sairia do local até que o celular aparecesse, identificando-se como policial”.

Cerca de 40 minutos depois, de acordo com as amigas que estavam com Juliane, quatro homens invadiram o local, sendo três encapuzados, portando armas de fogo. A policial, segundo o relato, foi baleada duas vezes e levada pelos homens.

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