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Policial Militar chefiava máfia no Conesul que abastecia PCC em todo país

Um PM de Mundo Novo era o chefe da quadrilha considerada pela PF como uma máfia na região Conesul de MS

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Polícia Federal concedeu entrevista coletiva na manhã de hoje - Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado

Um policial militar de Mundo Novo era o chefe da quadrilha considerada pela Polícia Federal como uma máfia na região Conesul de Mato Grosso do Sul e que abasteciam facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) com drogas em todo país. Até agora, 21 pessoas foram presas na Operação “Laços de Família”.

Segundo a PF, o esquema tinha em seu núcleo uma família de Mundo Novo e as suspeitas começaram a surgir pela forma luxuosa que integrantes viviam em uma cidade de 18 mil habitantes e com salários “oficiais” comuns. O subtenente Silvio César Molina Azevedo e outros integrantes andavam em carros que chegavam a valer R$ 500 mil.

Hoje a Polícia Federal cumpriu 21 dos 22 mandados de prisão expedidos pela Justiça. As equipes continuam na rua em busca do último integrante. De acordo com o delegado Nilson Zocaratto, de Naviraí e responsável pelas investigações, foram 15 presos em Mato Grosso do Sul e o restante nas cidades de Aparecida de Goiás (GO), Astorga (PR) e Presidente Bernardes (SP).

Dos 15 presos no Estado, sete vão para o Presídio Federal, por conta da periculosidade, um para o presídio militar e o restante para o Presídio Estadual. Ao todo, além das prisões, 25 imóveis foram sequestrados, sete helicópteros, 136 veículos e 27 toneladas de maconha foram apreendidos na operação de hoje.

Durante coletiva de imprensa, o delegado ainda explicou a forma de ação da quadrilha. Eles puxavam a droga do Paraguai por vias terrestres, geralmente em caminhões, escondiam em propriedades rurais da região Conesul e passavam para todo país. Os pagamentos eram em dinheiro e algumas ocasiões, em jóias, pois uma das empresas de fachada era uma loja de bijuterias. “Uma das ocasiões a gente flagrou uma entrega que seria feita de helicóptero que só em joias eram R$ 80 mil e mais R$ 300 mil em espécie”, explicou Zocaratto.

Participaram dos trabalhos 211 policiais da Polícia Federal no cumprimento de 35 mandados de busca e apreensão, 22 de prisão, apreensão de 136 veículos e 25 imóveis, além de sete helicópteros, entre os quais está aquele utilizado na morte de Gegê do Mangue e de Paca, no Ceará, em fevereiro deste ano.

Participaram da coletiva também o superintendente regional da PF em Mato Grosso do Sul, Luciano Flores de Lima, e o auditor fiscal da Coordenadoria de Pesquisa e Investigação (Copei) da Receita Federal, José Maria Nogueira.

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