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Suspeita de matar manicure descartouchip rastreado para enganar polícia

Delegado diz que polícia ficou surpresa com frieza e esperteza da jovem.Quando adolescente, suspeita teria agredido outra pessoa por ciúmes.

Polícia divulga imagens da suspeita do crime, que é foragida da Justiça (Foto: Graziela Rezende/G1 MS)

Além de planejar e executar a trama que resultou na morte da manicure Jeniffer Nayara Guilhermete de Morais, de 22 anos, a jovem Gabriela Antunes Santos, também com 22 anos, chamou a atenção das autoridades por sua frieza e a esperteza com que a suspeita lida com os crimes. Segundo a polícia, ela agrediu gravemente outra vítima quando adolescente e, na ocasião, descartou um chip rastreado, com a intenção de despistar a investigação.

Tão logo após este fato ela jogou fora este chip rastreado. Essa informação nos foi repassada pela Vara da Infância e Juventude, sendo que inclusive nós encaminhamos parte do inquérito policial para verificar a possível participação de outra adolescente. Na época desta agressão, a motivação da Gabriela foi a mesma: ciúmes. O que nós percebemos agora foi uma frieza muito grande, comentou ao G1 o delegado Alexandre Evangelista.

Conforme Evangelista, atualmente a polícia recebe diversas informações sobre o paradeiro da jovem, de que ela estaria seguindo viagem para a Bahia, Rio de Janeiro, entre outros lugares. São muitas informações, muitas delas falsas. De qualquer maneira, muitos policiais foram alertados sobre o caso, explicou.

Ao prender a possível comparsa de Gabriela, Emilly Karoliny Leite, de 19 anos, a investigação apontou a liderança ela exerce sobre as outras pessoas.

Em depoimento, a própria Emilly comentou a frase: A Gabriela falou, a água parou. Ela seria assim com as amigas e o marido. Quando falamos que chamou a atenção, é justamente o fato dela projetar o caminho, levar a vítima e executar a trama. Em casos de assassinato envolvendo mulher, ela geralmente o comete quando está motivada por uma forte emoção., complementou o delegado.

Amiga de infânciaGabriela ainda seria amiga de infância da vítima. Ainda conforme Evangelista, a suspeita acusava Jeniffer de um possível envolvimento amoroso com o seu marido. Para localizar a vítima, ela contou com a ajuda de uma amiga em comum e Emilly Karoliny Leite. A terceira envolvida é uma adolescente de 16 anos.

Elas descobriram que a Jennifer estava fazendo a mão de uma cliente no bairro Vida Nova e foram até o local. A suspeita ligou antes dizendo que elas teriam que conversar e a buscou. No carro, já estava a adolescente e Emilly. A participação da adolescente ainda não foi confirmada e por isso ela não foi apreendida, porém Emilly já foi indiciada como coautora do crime, comentou o delegado.

Assim que chegaram na cachoeira, de acordo com o delegado, a suspeita pediu para as amigas levarem ela mata adentro. Eu achei que ela iria apenas tirar satisfação e, no máximo dar uma surra nela. Ninguém imaginava que ela estava com uma arma embaixo do banco. Eu me arrependo de sair com ela sem saber o que ela estava planejando, comentou Emilly.

A suspeita responde por homicídio qualificado por motivo torpe e emboscada, além da posse de arma de fogo. Além da jovem, Emilly também teria antecedentes quando adolescente, por ter agredido e até raspado a cabeça de outra vítima, também por ciúmes.

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