Refrigerantes, salgados, presentes, dinheiro e a senha do Wi-Fi. Segundo a Polícia Civil, o suposto estuprador usava esses artifícios para atrair crianças e cometer abusos sexuais na própria residência em um condomínio no bairro Los Angeles, região sul de Campo Grande.
A investigação começou a intimar testemunhas nesta terça-feira (24) e vai encaminhar possíveis vítimas ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) para realizar exames periciais.
"Mais um pai compareceu na delegacia esta semana e registrou a ocorrência. Das oito vítimas, temos dois casos comprovados. Ele disse que os abusos ocorriam simultaneamente na casa do suspeito, sendo o relato muito semelhante aos outros que já chegaram ao nosso conhecimento. Ele falou ainda das recompensas dadas as crianças para manter o relacionamento com elas", afirmou ao G1 o delegado Fábio Sampaio, responsável pelas investigações.
De acordo com a polícia, o suspeito já foi identificado e tem antecedentes por estupro de vulnerável, sendo indiciado no ano de 2014.
"O advogado dele entrou em contato conosco e agora temos a certeza de quem é a pessoa. Ele ainda não apresentou uma data para apresentação do suspeito e ainda ressaltou que esta pessoa teria sido absolvida da acusação. No entanto, ainda será feita uma consulta deste caso", explicou o delegado.
Entenda o caso
A polícia investiga um possível abuso de oito crianças que residem no mesmo condomínio do suspeito. O caso foi descoberto na semana anterior, com a queixa da mãe de um menino de 12 anos. Ela teria gravado um áudio com ele e entregue para a investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca).
O menino já passou por exames e os abusos teriam sido comprovados. O caso é investigado como estupro e favorecimento à prostituição. A pena para estes crimes ultrapassam a 10 anos de prisão.
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