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VÍDEO: mãe que suspeita de abuso da filha de 3 anos vive drama com negativa de laudo

Laudo médico confirma abuso, já o policial contradiz

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Há cerca de três meses, uma mulher de 29 anos vive um drama com a suspeita de que a filha de três anos tenha sofrido abusos sexuais, cometidos pelo pai de 60 anos, com quem divide a guarda da menina. O exame médico confirma o abuso, mas laudo pericial da Polícia Civil contesta o crime.

De acordo com a mãe, durante conversa com uma defensora, no ano passado, a profissional apresentou uma possível solução para os ‘sumiços’ que o pai dava com a filha, a de que a guarda da criança passasse a ser compartilhada.

Após muita insistência das conselheiras tutelares do município, que iam até a casa da genitora, diariamente, a divisão foi aceita com a esperança de que as perturbações do ex-marido, que já tinha uma medida protetiva em seu desfavor, cessassem. Mas a história tomou outro rumo.

As ameaças continuaram por mensagens, ligações e em todos os retornos da casa do pai, a menina reclamava de dores nas partes íntimas.

Tudo começou na noite de 27 de março, quando a filha chegou a casa da mãe reclamando de dores nas partes íntimas e imediatamente foi levada ao médico. O plantonista da unidade de saúde, clínico geral, atendeu a criança e orientou a mãe, a procurar a Polícia Civil.

No dia seguinte, a genitora foi até o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e explicou a situação a uma psicóloga, que ligou para o Conselho Tutelar para que as assistentes acompanhassem a mãe até a delegacia para o registro de uma ocorrência.

Mãe e filha foram levadas ao hospital, aonde permaneceram das 13h às 19h, aguardando a chegada de uma ginecologista, que estava em uma cirurgia e não apareceu. A falta do profissional especializado seguiu por toda a semana, e a única ‘solução’ para a menina era prescrição de medicação para a dor ou pomada em gel para as partes íntimas.

Somente na sexta-feira 31 de março, a criança passou por uma pediatra, mas a ginecologista não estava na Unidade. A solução encontrada foi levar a menina em uma ambulância até o posto de saúde onde ficou internada e no dia seguinte passou por uma ginecologista.

Segundo a mãe, a suspeita aumentou no momento em menina passou pela ginecologia, pois teve de ser segurar a filha na maca. “Ela não queria que encostasse nas suas partes íntimas”, disse.

O laudo médico resultou em estupro de vulnerável, sem o rompimento do hímen. Mas, nesta manhã (26), a mãe foi até a defensoria pública e recebeu a informação de que o laudo pericial solicitado pela delegada da Polícia Civil Jennifer Estevam de Araújo, de Bonito, resultou em negativo.

Levada à força

A mãe relata que o conselheiras tutelares acompanhadas de dois policiais foram buscar a menina à força, para ser levada à casa do pai. No vídeo é possível ver o desespero da criança.

Assista:

O Jornal Midiamax entrou em contato com a delegacia de Bonito, mas recebeu a informação de que a delegada estará em curso durante toda essa semana.

Já o Conselho Tutelar de Bonito, informou que ambos os laudos não confirmaram os abusos e a retirada da menina da residência da mãe se trata de um cumprimento de uma decisão judicial, tendo em vista, que após estudo social realizado com o pai, a guarda definitiva ficará com o genitor.

Ainda conforme o Conselho, o mandado foi cumprido em Bodoquena, a 260 km da Capital, já que a mãe não reside na cidade de Bonito.

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