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Associações empresariais mandam carta ao governo pedindo retorno do horário de verão

Pedido diz que hora a mais de claridade ajuda no faturamento e poderia ser apoio à retomada da crise do coronavírus. Medida foi suspensa em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro.

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Divulgação

Um grupo de associações empresariais enviou ofício ao governo Jair Bolsonaro pedindo o retorno do horário de verão. A aliança de representantes da cadeia de entretenimento, gastronomia e lazer afirma que o horário estendido favorece os negócios.

Assinam o texto a Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento, Lazer e Similares do Estado do Paraná (Feturismo), a Federação Baiana de Turismo e Hospitalidade do Estado da Bahia (FeTur-BA), a Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina (Fhoresc), a Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

O grupo argumenta que, quando os relógios são adiantados em uma hora, as atividades ligadas ao turismo contam hora a mais durante o dia para receber turistas e clientes tradicionais.

"O horário diferenciado não gera grandes reduções no consumo de energia elétrica, mas estimula a adoção de novos hábitos de consumo e reflete positivamente para bares, restaurantes e meios de hospedagem", diz o texto.

"O retorno do horário de verão representa uma valiosa ajuda do Governo Federal ao setor, que sofreu de forma desproporcional com as restrições impostas durante a pandemia", prossegue.

O horário de verão foi suspenso no início da gestão Bolsonaro e o governo afirmou que o adiantamento anual dos relógios em uma hora perdeu "razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico" diante das mudanças no padrão de consumo de energia e avanço tecnológico.

Mas o consórcio de associações argumenta que o setor de gastronomia e entretenimento era um dos mais privilegiados com a procura de clientes e turistas. O horário de verão, dizem, chegou a promover aumento de 30% na geração de empregos e na arrecadação de tributos, estimulado pela intensificação do consumo.

O setor diz ainda que se preocupa com aumento de custos com energia elétrica, em virtude do estágio avançado de crise hídrica e o reajuste das bandeiras tarifárias pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

"Isso impacta não só no consumo, já que o racionamento se faz mais do que urgente, como também no bolso, visto que a conta de energia deve subir", afirma a nota.

"Desta forma, o setor do turismo, composto por hotéis, bares, restaurantes, cadeia produtiva de eventos, com o intuito de minimizar os duros efeitos da crise, e na certeza de contar o valioso apoio do Governo Federal, apresenta o pleito de retomada do horário de verão, em especial, nos próximos anos, onde estará, ainda, em recuperação desta terrível crise", finaliza.

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