Candidatura do PMDB em Campo Grande empaca nas mãos de Nelsinho e Puccinelli

Há um mês, durante reunião do diretório estadual, o PMDB delegou ao ex-governador André Puccinelli (PMDB) e ao ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), a missão de liderar as tratativas do partido para a eleição do ano que vem. Mas, até agora, os dois líderes não se moveram para ouvir vereadores e lideranças.

A presidente do PMDB em Campo Grande, Carla Stephanini, confirmou que os encaminhamentos serão feitos pelas duas lideranças, mas disse que até o momento não participou de nenhuma reunião. O líder do PMDB na Câmara, Vanderlei Cabeludo, também não ficou sabendo de reunião e informou que vai solicitar uma para a próxima semana.

Nelsinho e Puccinelli já não têm a mesma amizade de alguns anos atrás, quando a dupla conseguiu boas vitórias, dando ao partido a Prefeitura de Campo Grande e o Governo do Estado. O período de paz e amor acabou quando o mandato de Nelsinho chegou ao fim e o partido precisou escolher um substituto.

Nelsinho cogitava apoio a Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Puccinelli a Edson Giroto. O governador conseguiu emplacar o candidato dele, mas, segundo peemedebistas, Nelsinho deu o troco, não se esforçando para apoiar a candidatura. A falta de união dificultou a vida de Giroto, que perdeu a eleição para Alcides Bernal (PP).

Dois anos depois foi a vez de Puccinelli dar o troco. Desta vez foi o grupo de Nelsinho que reclamou da falta de apoio de Puccinelli, que levou Nelsinho a um humilde terceiro lugar, mesmo tendo a máquina nas mãos.

Após tantos problemas, caberá as duas lideranças o rumo do partido em Campo Grande. O vereador Vanderlei Cabeludo entende que não há problema entre os dois. Mas, integrante do diretório, que prefere não se identificar, afirma que a relação dos dois continua estremecida, visto que a mágoa de Nelsinho ainda não acabou.

Resolvida a mágoa, Nelsinho e Puccinelli ainda têm pela frente um problema chamado Marquinhos Trad (PMDB). O deputado é um dos favoritos para a próxima eleição, mas não confia no partido e já anunciou que está de saída. Sem Marquinhos, restam Carlos Marun (PMDB), Antonieta Amorim (PMDB) e Mario Cesar (PMDB) como pretendentes.