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Delcídio do Amaral quer extinguir Fundersul

O fundo é formado pela contribuição dos produtores rurais e utilizado para custear a conservação das estradas.

O senador Delcídio do Amaral (PT/MS), pré-candidato ao governo do Estado, revelou nesta segunda-feira que, se for eleito governador em outubro vai rever a cobrança do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul) Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado do Mato Grosso do Sul. e, se possível, extingui-lo. O fundo é formado pela contribuição dos produtores rurais e utilizado para custear a conservação das estradas.

“Essa proposta já fez parte da minha plataforma de campanha em 2006, quando me candidatei ao governo do Estado, e agora em 2014 vou apresentá-la novamente”, garantiu Delcídio, durante reunião com a diretoria da Associação dos Criadores de Mato Grosso do SUL (Acrisul) na sede da entidade, em Campo Grande. “Vamos propor outras fontes de recursos para a manutenção das rodovias que não onerem o setor produtivo nem sejam bancadas pelos contribuintes como um todo, já bastante massacrados pela altíssima carga tributária”, defendeu o senador.

Indenização

O parlamentar participou do encontro a convite do presidente da Associação dos Criadores de MS (Acrisul), Francisco Maia. Durante a reunião o senador trouxe também para os produtores novidades relacionadas ao estudos que o governo federal está concluindo para indenizar os proprietários das áreas ocupadas por índios nos municípios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti.

“Tive na semana passada, em Brasília [DF], uma longa conversa com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e tratei desse assunto também com a presidenta Dilma Rousef. Depois de muitas idas e vindas, sinto que estamos na reta final de um acordo, que passa pela Fazenda Buriti, mas que vai servir de paradigma para outras regiões de Mato Grosso do Sul e do Brasil, como conceito pela decisão de pagar pela terra nua, além das benfeitorias. Estou trabalhando para que o governo federal anuncie o acordo durante a realização da Expogrande, no final de abril,  inclusive convidei o ministro Cardozo para que ele seja o porta voz dessa boa notícia. E posso adiantar que já existe uma evolução nos valores a serem pagos por hectare”, revelou o senador.

Delcídio reiterou que os conflitos que envolvem indígenas e produtores são hoje tratados pelo governo como  um assunto de Estado.

“Esta não é uma disputa política, e continuarei fazendo  todos os esforços para que tenhamos uma solução a curto prazo. Temos que evitar o viéis político, tanto de um lado quanto do outro”, alertou.

“O ministro José Eduardo Cardozo tem uma leitura clara em relação a Funai [Fundação Nacional do Índio] e a decisão vai caber a ele, depois de ouvir não apenas a Funai, mas também o Incra e todos os setores envolvidos”, disse.

O produtor Ricardo Bacha, proprietário da Fazenda Buriti, um dos alvos da disputa, também se mostrou otimista. “A situação realmente está se realinhando. Hoje eu diria que estamos no detalhe e não mais no macro da questão. A gente percebe a boa vontade do ministro da Justiça, do Incra, mas a preocupação nossa está na Funai no sentido de que ela seja parceira e não um entrave”, declarou.

Já o presidente da Acrisul destacou a importância da conversa de Delcídio com os produtores. 

“A presença do senador aqui na nossa sede é sempre muito bem vinda, pela sua postura equilibrada , de um homem que conhece a realidade. Agora ele veio como pré-candidato a governador e se mostrou aberto para que o setor rural envie sugestões ao seu programa de governo, o que nos dá a certeza de que, se for eleito, Delcídio continuará sendo um grande parceiro do agronegócio”, declarou Maia.

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