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Deputado diz estranhar interesse da Energisa em se livrar de CPI

Parlamentares analisam parecer do MPE sobre ação judicial

Paulo Corrêa (dir.), que preside CPI sobre concessionária de energia elétrica (Foto: Wagner Guimarães e Victor Chileno - ALMS)

Presidente da suspensa CPI criada para investigar movimentações milionárias e suspeitas na Enersul, o deputado estadual Paulo Corrêa (PR) disse, nesta terça-feira (16), estranhar a insistência da atual controladora da concessionária, Energisa, em não ter o nome relacionado à investigação. Em parecer a ação judicial sobre o assunto, o MPE (Ministério Público Estadual) opinou pela manutenção das investigações, mas sugeriu livrar a empresa no caso.

“Temos que esperar a decisão da Justiça, o MPE deu seu parecer, que é trâmite normal na ação. Mas, é estranho uma empresa que sucedeu a outra ficar tão preocupada para tirar o nome da CPI”, diz o parlamentar. A Energisa assumiu a Enersul em abril de 2014 e, em maio deste ano,conseguiu liminar suspendendo a CPI, aberta dias antes com base em auditoria da PwC (Pricewaterhouse Coopers) apontando irregularidades na gestão financeira da concessionária.

Ao opinar sobre o mérito do mandado de segurança impetrado pela Energisa, a Procuradoria Geral de Justiça entendeu que a CPI deve ser mantida, mas investigar somente de abril de 2014 para trás. Também concordou que o nome da atual concessionária não deve compor a denominação da comissão.

Para o relator da CPI, Beto Pereira (PDT), o parecer do MPE é positivo, bem fundamentado, deixou claro sobre o interesse público dos trabalhos da CPI e não altera os rumos das investigações. “O CNPJ continua o mesmo, então eventualmente a Energisa pode ser responsabilizada”, analisa o parlamentar.

No entanto, a CPI segue suspensa até nova ordem judicial. “O processo está maduro, agora, para o TJ decidir e a gente retomar as investigações”, diz o pedetista, esperando uma decisão de mérito para, no máximo, a próxima semana.

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