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Deputados de MS rejeitam abstenções e creem em apoio de eleitores em outubro

Governador do Tocantins foi escolhido por menos da metade do eleitorado neste domingo

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Divulgação

Parlamentares de Mato Grosso do Sul acreditam que a maioria dos eleitores vão às urnas apoiar candidatos nas eleições de outubro deste ano. Situação inversa do que ocorreu em Tocantins, neste domingo (24), quando a soma de votos brancos, nulos e abstenções chegou a 51,83% dos eleitores no pleito suplementar do estado.

Ou seja, o novo governador tocantinense foi escolhido por menos da metade do eleitorado apto a votar. A eleição suplementar pode ser interpretada como um recado sobre o que pode se passar na eleição geral no Brasil, no dia 7 de outubro: muita gente não está mais se dando ao trabalho de votar.

No entanto, deputados federais sul-mato-grossenses rejeitam essa ideia, pois creditam o resultado ao caráter extraordinário da eleição no Tocantins, que escolheu um novo governador para cumprir um mandato tampão até o fim do ano.

“Estas eleições do Tocantins, assim como a do Amazonas recentemente, tiveram ausências expressivas típicas de eleições isoladas. As eleições gerais, com presidente, governador, senadores, deputados estaduais e federais levam as pessoas a participar mais”, disse Luiz Henrique Mandetta (DEM), ao Jornal Midiamax nesta segunda-feira (25).

Os deputados defendem que o clima eleitoral que deve surgir a partir de agosto vai mudar fazer a população mudar o foco para o pleito de outubro.

“Foi uma eleição atípica, de curto prazo, sem grande mobilização da opinião pública”, justifica Zeca do PT. “[Em outubro] vamos ter uma eleição de longo prazo, todo um processo. Um clima de preparação, de debate que motiva as pessoas”.

O petista, porém, analisa como real a possibilidade de um número elevado de abstenções.

“Concordo que deve ter uma abstenção enorme dada toda propaganda com criminalização da política e dos políticos. Mas tem que ver quem está se abstendo. Se são eleitores de esquerda ou de direita, ou se são os reacionários que acreditam que não vale a pena ter democracia”, pondera Zeca.

Fábio Trad engrossa o discurso de que em outubro o cenário será diferente.

“Com o início oficial da campanha, as pessoas vão se envolver na disputa porque o clima eleitoral compreende vários pleitos (presidente à deputado estadual) e os debates, as reuniões, enfim, o clima de democracia eleitoral prevalecerá sobre o desânimo de parte dos cidadãos, até porque não há solução fora da política”, avalia.

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