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Em nota pública, André Puccinelli confirma desistência de disputar a prefeitura - LEIAM

Recuou do ex-governador deixa PMDB órfão na Capital 

Em nota pública divulgada na tarde desta segunda-feira (11), o ex-governador André Puccinelli (PMDB) confirmou a sua desistência de concorrer à Prefeitura de Campo Grande nas eleições municipais deste ano. O gesto do líder peemedebista deixa o partido órfão no processo sucessório rumo a cadeira do prefeito Alcides Bernal (PP). 

André disse que para tomar a decisão ouviu familiares e "companheiros" tanto da Capital como de outras cidades. "Reafirmo (...), livre de qualquer vaidade e longe de objetivos pessoais que não serei candidato a prefeito da nossa Capital nas eleições deste ano", colocou.

Ele mencionou as articulações para lançar como pré-candidato os senadores Waldemir Moka ou Simone Tebet, além do deputado federal Carlos Marun, que rejeitaram a proposta.

Outro forte motivo, segundo o ex-governador, foi a debandada do PR e PSB, que desistiram de apoiar o PMDB nestas eleições para subirem no palanque da candidato do PSDB, Rose Modesto, à sucessão municipal. "O PMDB voltou então a insistir para eu ponderasse a possibilidade de ser candidato, fixando o prazo de 30 de maio para uma resposta. O partido insistiu e estendeu o prazo para 15 de julho, mas nada mudou", revelou.

André fez questão de ressaltar que não tem impedimentos legais para entrar na concorrida eleitoral. A menção a esse assunto aconteceu porque neste ano a casa e escritório dele foram alvos de buscas da Polícia Federal por conta da Operação Lama Asfáltica, que investiga desvio milionário de dinheiro público. 

Segundo o jornal Correio do Estado, o ex-governador também prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande.

"Mesmo com as pesquisas indicando um quadro favorável a minha candidatura, inclusive com vitória no 1º turno, e, ainda, muitos, generosamente, tenham se manifestado pessoalmente, por escrito e nas redes sociais argumentando que eu seria o único capaz de salvar nossa Capital, agradeço a bondade e generosidade, mas reafirmo que não sou candidato", afirmou.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA CARTA DO EX-GOVERNADOR 

Honrado pelos sucessivos e insistentes pedidos do meu partido para que revisse a minha decisão de não me candidatar a prefeito de Campo Grande, reafirmo, depois de ouvir novamente minha família, ponderar os apelos de companheiros inclusive de outros municípios e avaliar com serenidade, livre de qualquer vaidade e longe de objetivos pessoais, que não seria candidato a prefeito da nossa Capital nas eleições deste ano.

É uma decisão que já havia tomado e anunciado oficialmente em março e que tinha sim o peso decisivo do apelo de minha família.

A partir de então, surgiram articulações que apontaram o nome do deputado estadual Marcio Fernandes, depois de terem também declinado de candidaturas os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, além do deputado Carlos Marum. 

Participavam conosco, como aliados, o PR, o PSB e outros partidos, visando a formação de uma chapa comum de prefeito e vice. Ao lado do presidente regional do PMDB, deputado Junior Mochi, e com o respaldo da deputada federal Teresa Cristina, do PSB, buscamos uma definição entre Marcio Fernandes e Teresa que, no entanto, declinaram das candidaturas, levando o PR e, posteriormente o PSB, a debandarem.

O PMDB voltou então a insistir para que eu ponderasse a possibilidade de ser candidato, fixando o prazo de 30 de maio para uma resposta. Concordei em retomar as consultas, mas elas continuavam apontando para a decisão inicial. O partido insistiu e estendeu o prazo para 15 de julho, mas nada mudou.

Mesmo não enfrentando qualquer impedimento legal ou jurídico, mesmo com as pesquisas indicando um quadro favorável a minha candidatura, inclusive com vitória no 1º. turno, e ainda que muitos, generosamente, tenham se manifestado pessoalmente, por escrito e nas redes sociais, argumentando que seria o único capaz de salvar nossa Capital, agradeço a bondade e a generosidade, mas reafirmo que não sou candidato, não disputarei a prefeitura de Campo Grande este ano e, humildemente, não me considero “salvador da pátria”.

O PMDB está liberado para buscar o melhor caminho e acredito que deva fazê-lo ouvindo todas as suas lideranças. Penso que acompanharei a decisão dos companheiros pois sempre fui partidário. Espero que o eleitor campo-grandense, ao final, escolha um prefeito que trabalhe por Campo Grande como sempre trabalhamos, com Amor, Trabalho e Fé!

Campo Grande, 11 de julho de 2016."

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