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Faltando 8 dias para sanção, Câmara pode travar Plano Municipal de Educação

Oposição não vota projetos do Executivo até solução para greve dos professores

Presença de vereadores em plenário coloca em xeque possibilidade de aprovar plano (Foto: Kleber Clajus/Correio do Estado)

Sem vereadores para votar, o projeto de adequações no Plano Municipal de Educação tende a impor nova crise ao prefeito Gilmar Olarte (PP). Isso porque lei federal condiciona a sanção da proposta, com prazo até 24 de junho, o direito a se repactuar repasses financeiros para o cumprimento de metas contidas no documento.

Com ao menos dois projetos travados e mais quatro a serem adicionados na pauta, o presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), acredita na “maturidade” dos pares para destravar as votações. Reunião, inclusive, foi convocada para acelerar o processo e “não perder prazo do governo federal”.

A presença em plenário, no entanto, coloca em xeque a possibilidade de aprovar o plano que depende do voto de 20 dos 29 vereadores. Na semana passada, houve média de 15 legisladores, contra somente 11 presentes na sessão de ontem.

Outro desafio será dobrar a bancada de oposição que, neste caso, pode facilitar o processo para não ser tachada como “vilã”. Até então os vereadores não votam projetos do Executivo em protesto a falta de acordo com professores. A categoria cobra reajuste de 13,01% e permanece em greve a 23 dias seguidos.

Paulo Pedra (PDT) comenta que dificilmente algo será votado, porém o presidente da Casa de Leis relembra que a oposição abriu exceções em casos como da tabela salarial de agentes de saúde e aposta que isso ocorra novamente.

Em relação ao plano municipal, este foi readequado ao que preconiza o Plano Nacional de Educação (PNE). O objetivo foi assegurar que metas e estratégias para os próximos dez anos sejam claras. 

Dentre as prioridades está se universalizar até o próximo ano o acesso a pré-escola de crianças com 4 e 5 anos, além de se atender 50% das crianças menores de 3 anos em creches até 2025. 

O mesmo prazo deve ser aplicado ao investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação.

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