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Flagrado em conversa suspeita, Giroto alega que PF se enganou na escuta

Termo caixa de empréstimo teria colocado Giroto na mira da PF, da Receita e da CGU

Edson Giroto, ex-assessor especial do ministro dos Transportes, se reuniu na segunda-feira (13) com membros do PR em Campo Grande para justificar quais seriam os pontos investigados na Operação Lama Asfáltica e seu suposto envolvimento. Uma das dúvidas da investigação seria o uso do termo “caixa de empréstimo.

Outras explicações foram dadas em relação às obras da Avenida Lúdio Martins Coelho e MS-430, entregue no último mês da gestão de André Puccinelli (PMDB) e que estão sob investigação do Ministério Público e CGU (Controladoria-Geral da União).

Segundo disse nesta terça-feira (14) o deputado estadual Paulo Corrêa (PR), o termo “caixa de empréstimo” pode ter gerado dúvida sobre uma das obras. “O Giroto explicou que era preciso fazer uma valeta para uma passagem de água e que, numa conversa entre ele e o engenheiro Beto Mariano, surgiu o termo ‘caixa de empréstimo’, que é técnico e nada mais é que uma solução para essa passagem de água. Mas ele pode ter sido mal interpretado por isso pela Polícia Federal”, explicou o deputado.

Além disso, Giroto teria dito na reunião que, dos 5 mil contratos que ele administrava, apenas dois estão sob suspeita. “Em outra obra, o problema foi o realinhamento de preço. Mas isso tudo foi explicado e documentado para o diretório pelo Giroto”.

Sem ser acionado pela CGU, Giroto teria dito até já ter defesa pronta para apresentar no máximo na sexta-feira (17) ao órgão. A CGU constatou superfaturamento de R$ 4,7 milhões na Lúdio Martins Coelho, com R$ 16 milhões liberados pelo governo federal.

Na MS-430, que liga Rio Negro a São Gabriel do Oeste, não tem asfalto com a qualidade prevista na licitação. O gasto do governo federal é de R$ 53.294.000. 

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