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Janela partidária revela poucas mudanças até fechamento do prazo de filiação

Até que as mudanças não foram muitas em termos de troca-troca de partido dentro do prazo permitido

Pelo volume do inconformismo e a manifestação de rebeldia de políticos que detém cargos eletivos, até que as mudanças não foram muitas em termos de troca-troca de partido dentro do prazo permitido pela legislação eleitoral em Mato Grosso do Sul.

O prazo limite para criação de novos partidos, filiação partidária e estabelecimento do domicílio eleitoral do candidato que pretende concorrer às eleições de 2014, ocorre justamente neste sábado (5).

No entanto, a ‘infidelidade partidária’ não atingiu às expectativas, até porque a maioria dos parlamentares preferiu não arriscar, ou seja, permanecendo em seus partidos mesmo com o descontentamento manifestado publicamente com seus correligionários.

Entre os que abandonaram seu grupo político está o deputado estadual Osvane Ramos (PTdoB), recém chegado na Assembleia Legislativa na condição de suplente de Diogo Tita (PPS), eleito prefeito de Paranaíba.

Na quinta-feira (3), o deputado confirmou que aceitou o convite e que está se filiando ao recém-criado PROS (Partido Republicano da Ordem Social), sobretudo por não ter gostado de ser chamado de rebelde pelos seus correligionários, depois de ter declarado publicamente que apoiará a candidatura do senador Delcídio do Amaral (PT) ao governo do Estado nas eleições do próximo ano.

Representante da região de Dourados na Assembleia, o deputado George Takimoto trocou o inexpressivo PSL pelo PDT. 

O deputado Lauro David (PSB) também dependeria de uma conversa na noite desta sexta-feira com o prefeito de Dourados, Murilo Zauith, presidente regional do PSB para tomar o mesmo rumo do colega. No entanto, até o fechamento desta edição, o parlamentar não havia se manifestado.

Antes disso, porém, o deputado Lídio Lopes filiou-se e assumiu o comando do nanico PEN em Mato Grosso do Sul, após escapar na Justiça do processo de cassado do PP, partido pelo qual chegou a Assembleia depois que o titular da cadeira, o petista Paulo Duarte, foi eleito prefeito de Corumbá.

Apesar de terem ameaçados trocar de grupo, o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) e o deputado federal Marçal Filho (PMDB) devem concorrer à reeleição pelos seus partidos de origem.

O peemedebista foi cortejado e quase migra para o PROS ou para o Solidariedade, mas analisou o cenário político e achou por bem continuar no PMDB, alegando pertencer ao partido há vários anos.

Já o democrata, chegou a declarar à imprensa que deixaria o partido depois que entregou o comando regional para o deputado federal Luiz Henrique Mandetta, no dia 20 de maio deste ano. Porém, fez ressalvas dizendo que se até setembro deste ano “os caminhos do DEM não fossem os mesmos que definiu com a sua base eleitoral, pretenderia seguir outro rumo”.

“O mandato não é do partido. Não faço política com partido, mas com pessoas, ideais. Partido é para ter uma sigla. Se fosse para ter fidelidade não podia ter 30 partidos. Qual fidelidade pode ter em 30 partidos? Qual ideologia que tem dentro da Assembleia Legislativa? Não posso acompanhar um projeto que meu grupo político não queira. Tenho pessoas que me ajudam. São votos pulverizados, mas pessoal, pela minha conduta e forma que trato as pessoas”, justificou o deputado em entrevista à época ao site Midiamax.

A deputada Mara Caseiro (PTdoB) resistiu ao assédio de retornar ao seu antigo partido, o PDT.

Mudanças mesmo ficaram por conta de agentes públicos que hoje não detém mandatos eletivos, como é o caso do presidente da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), José Carlos Barbosa, o Barbosinha, que abandonou o DEM, partido que o indicou para o cargo para tentar uma cadeira na Câmara dos Deputados.

Da mesma forma, a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa, procurou abrigo no PSB, com aval do governador André Puccinelli (PMDB), para tentar ser deputada federal em 2014.

O presidente da Faems (Federação das Associações Comerciais de Mato Grosso do Sul), Antônio Freire, também assinou ficha de filiação ao partido liderado por Murilo Zauith.

NELSINHO

A troca de partido também passou pela cabeça do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), pré-candidato do PMDB ao governo estadual.

Isso só ocorreria, no entanto, caso ele fosse preterido pelo PMDB, que articula aliança para apoiar a candidatura do senador Delcídio do Amaral (PT) à sucessão de André Puccinelli.

 Hoje secretário de Estado Extraordinário de Articulação, de Desenvolvimento Regional e dos Municípios, Nelsinho disputaria no caso, o governo pelo PSB. 

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