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MDB mantém maior bancada no Senado, que fica mais fragmentado e menos feminino

Nenhum partido perdeu tantos senadores nas eleições deste domingo (7) quanto o MDB

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Divulgação

Nenhum partido perdeu tantos senadores nas eleições deste domingo (7) quanto o MDB. Maior bancada do Senado nesta legislatura, com 18 representantes, o partido passará a contar com 11 a partir de 2019. Em termos de encolhimento, a legenda é seguida de PSDB, que caiu de 12 para oito (podendo ser sete, com a possível vitória do tucano Antonio Anastasia ao governo de Minas), e do PT, que passará de nove para seis (veja quadro com a composição partidária abaixo). A votação de ontem (domingo,7) também foi marcada pela redução da representação feminina e pela pulverização de partidos (leia mais abaixo).

Emedebistas tradicionais ficaram pelo caminho na corrida eleitoral, entre eles Eunício Oliveira (CE), presidente do Senado, Garibaldi Alves (RN), Roberto Requião (PR) e Valdir Raupp (RO). Mas chama a atenção a derrota, em Roraima, de Romero Jucá (MDB), um dos senadores mais influentes da atual legislatura. Um dos campeões de processos criminais no Supremo Tribunal Federal (STF), alguns deles referentes à Operação Lava Jato, Jucá estava há 24 anos no Senado e, depois de liderar três governos seguidos (Lula, Dilma e Temer), ganhou o apelido de "líder de todos os governos".

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A participação feminina também encolheu. Atualmente, são 13 as mulheres no Senado, das quais até dez podem deixar a Casa a partir do próximo ano – Regina Souza (PT), por exemplo, foi eleita vice-governadora do Piauí. Mas, no balanço final, podem ser 12 as próximas representantes da chamada Alta Casa, uma vez que sete mulheres foram eleitas para o posto a partir de 2019: Daniella Ribeiro (PP-PB), Eliziane Gama (PPS-MA), Juíza Selma Arruda (PSL-MT), Leila Do Vôlei (PSB-DF), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Soraya Thronicke (PSL-MS), Zenaide Maia (PHS-RN).

MDB perderá sete dos atuais 18 senadores a partir de 2019 - Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado

Elas se somarão a outras cinco com mandato a cumprir até 2023 – Fátima Bezerra (PT-RN), Kátia Abreu (MDB-TO), Maria do Carmo Alves (DEM-SE), Rose de Freitas (Podemos-ES) e Simone Tebet (MDB-MS). No entanto, como a petista Fátima tem chances de se eleger governadora do Rio Grande do Norte em segundo turno, a bancada feminina pode ficar ainda menor, passando a 10 nomes.

Daquele grupo de 13 senadoras, três tentaram se reeleger e não conseguiram: Ângela Portela (PDT-RR), Lúcia Vânia (PSB-GO) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Além delas, darão adeus à Casa em 2019 Ana Amélia (PP-RS), que disputou a corrida presidencial como vice de Geraldo Alckmin (PSDB); Gleisi Hoffmann (PT-PR), eleita deputada federal; Ione Guimarães (PTB-GO), suplente de Lúcia Vânia; Lídice da Mata (PSB-BA), também eleita para a Câmara; Marta Suplicy (MDB-SP), que deixa a vida pública; Regina Souza.

Senado repartido

Se foram reduzidos os números de representantes femininas e de emedebistas tradicionais, aumentou a quantidade de partidos com representação na Casa. Em vez das 17 siglas atuais, o Senado passará a 21. Entre as novidades está o Partido Social Liberal (PSL) do presidenciável Jair Bolsonaro, que disputará a presidência da República com Fernando Haddad (PT), que chega à Casa com quatro membros.

Além do PSL, passam a ter representação no Senado o Partido Humanista da Solidariedade (PHS), com dois nomes, o Partido Social Cristão (PSC) e o Solidariedade, ambos com um representante.

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