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Nelsinho, Reinaldo e Delcídio já arrecadaram R$ 13 milhões

A Justiça Eleitoral disponibilizou no fim da tarde desta quarta-feira (6) a primeira prestação de contas parcial dos partidos políticos e dos candidatos às eleições de outubro. 

Nos dados divulgados pelos TSE (Tribunal Superior Eleitoral), constam a discriminação dos recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro que foram arrecadados para financiamento da campanha eleitoral e também os gastos realizados até o momento, com o detalhamento dos doadores e fornecedores.

Dos candidatos a governador do Estado de Mato Grosso do Sul, o senador Delcídio do Amaral, do Partido dos Trabalhadores, e que apresentou uma previsão de gastos de campanha de R$ 28 milhões, arrecadou até o momento quase 30% desse valor, e declarou à Justiça uma receita de R$ 8,6 milhões.

A novidade este ano é que a doação, quando oriunda do Diretório Nacional do Partido, precisa constar a fonte originária. Nesta modalidade, via PT nacional, Entre os principais doadores de Delcídio estão três empreiteiras, que fizeram repasses para a sede da sigla, que repassou ao candidato. A Equipava Engenharia doou R$ 1,4 milhão, a Construtora Andrade Gutierrez doou R$ 2,8 milhões, a maior quantia até agora, e a UTC Engenharia contribuiu com outros R$ 2,3 milhões.

Além de doações não identificados e de empresas com valores ainda não expressivos, aparecem o próprio senador, que deu à sua campanha R$ 15 mil, a Construtora Triunfo, que doou R$ 1 milhão, e a Itel Informática, que fez dois repasses que somados chegam a R$ 450 mil.

Em contrapartida, os gastos de campanha de Delcídio declarados são maciçamente no repasse feito aos candidatos proporcionais de sua chapa. O total de despesas chega a R$ 6,9 milhões. O que deixa no caixa petista ainda para o restante da campanha pouco mais de R$ 1,6 milhão.

Em segundo lugar na arrecadação de campanha aparece o candidato do PMDB, o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, que declarou uma receita, nesta primeira parcial, de R$ 3,2 milhões, quase 10% das estimativas de gastos apresentadas no registro das chapas, em julho passado, dos peemedebista, R$ 30 milhões.

As receitas de Nelsinho são oriundas do Diretório Estadual do partido, que por sua vez recebeu as doações de uma das maiores multinacionais do país, a JBS, empresa de alimentos, que contribuiu para a campanha do ex-prefeito com dois repasses que totalizam os R$ 3,2 milhões declarados.

Os principais gastos de campanha de Nelsinho também são os repasses para os candidatos a deputado estadual e federal de sua coligação. A diferença é que o peemedebista apresentou à Justiça uma despesa de R$ 4,8 milhões, o que cria um déficit de aproximadamente R$ 1,6 milhão.

Em terceiro lugar está o candidato do PSDB, o deputado federal Reinaldo Azambuja, que, diferentemente dos adversários, declarou 42 doações de pessoa física e apenas uma pessoa jurídica, no caso o comitê do deputado estadual Onevan de Matos (PSDB), que tenta a reeleição (com R$ 10.175,00). O total declarado é de R$ 1,1 milhão.

As doações para Reinaldo vão de R$ 5 mil a R$ 400 mil, valor este que foi doado pelo próprio candidato. Além de uma doação de R$ 250 mil, feita por um agricultor do município de Maracajú, onde o tucano foi prefeito por dois mandatos, a esposa de Azambuja, figura na lista dos maiores doadores da campanha do marido, com R$ 150 mil.

Já as despesas declaradas por Reinaldo chegam a R$ 4,5 milhões, um déficit de pouco mais de R$ 3,4 milhões. Os principais gastos são com a própria campanha majoritária tucana, principalmente em publicidade por materiais impressos e gastos com pessoal. Também constam repasses a alguns candidatos proporcionais de sua chapa.As parciais de prestação de contas dos outros três candidatos a governador, Evander Vendramini (PP), professor Monje (PSTU) e Sidney Melo (PSOL), não constam no sistema do TSE.

A Justiça informa também que a segunda parcial deve ser entregue entre 28 de agosto e 2 de setembro, com divulgação para o dia 6 de setembro. Já a prestação de contas final deve ser entregue até o dia 4 de novembro, 30 dias após as eleições. Caso haja um segundo turno, a prestação de contas referente aos dois turnos deverá ser entregue até o dia 25 de novembro.

Senado - Dos candidatos ao Senado, quem lidera o ranking de arrecadações nessa primeira parcial é a candidata do PMDB, a vice-governadora Simone Tebet, que declarou receitas de R$ 1,7 milhão, e despesas de R$ 1,1 milhão. Em segundo lugar aparece o candidato do PSD, Antônio João Hugo Rodrigues, que recebeu R$ 554 mil e gastou R$ 451 mil. Ricardo Ayache, do PT, é o terceiro, com receitas de R$ 102 mil e despesas de R$ 115 mil. Os números dos outros três candidatos a senador,Alcides Bernal (PP), Valdemir Casimiro (PSTU) e Lucien Rezende (PSOL), ainda não constam no sistema. 

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