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Partidos correm contra o tempo para cumprir prazo de filiação que é ate na sexta-feira

Quem quer mudar de partido para ser candidato, tem até sexta para se filiar.Em busca de espaço, deputados e senadores mudam de legenda.

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Os partidos políticos correm contra o tempo a fim de  cumprir o prazo de filiação estabelecido pela legislação eleitoral, visando montar uma estrutura com vistas as eleições municipais do ano que vem, quando serão eleitos nos prefeitos e vereadores.

O prazo para que um candidato possa se registrar em uma legenda e disputar um cargo eletivo no próximo pleito termina na próxima sexta-feira (2), exatamente um ano antes das eleições.

Em Mato Grosso do Sul, a movimentação nos bastidores não é tão intensa assim, mas deve ocorrer mudanças nos quadros partidários.

Os deputados estaduais Marquinhos Trad (PMDB)  e Beto Pereira (PDT), por exemplo, desejam mudar de partido. De olho na Prefeitura de Campo Grande, Marquinhos Trad analisa a possibilidade de se abrigar no PSD do ministro das Cidades, Gilberto Kassab.

Descontente no PMDB do ex-governador André Puccinelli o outro caminho de Marquinhos Trad  seria a Rede Sustentabilidade, que no último dia 22 obteve registro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Com a decisão, a legenda fica apta a receber filiados e lançar candidatos para as eleições de 2016.

O deputado dissente alega uma série de motivos para deixar o PMDB, inclusive falta de companheirismo e até traição no grupo nas últimas eleições para o governo.

Por causa da mesma reclamação, o ex-prefeito de Campo Grande e irmão do parlamentar, Nelsinho Trad, trocou o PMDB pelo PTB, legenda que assumiu o controle recentemente no Estado.

Antes de Nelsinho abandonar o PMDB, o ex-deputado federal Fábio Trad desfiliou-se do partido alegando traição de alguns correligionários, como André Puccinelli e do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, hoje conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado).

Os dois peemedebistas preferiram fazer campanha ao governo do Estado, no ano passado, para o senador Delcídio do Amaral (PT) em detrimento da candidatura de Nelsinho.

Em Dourados, o ex-deputado federal Marçal Filho trocou o PMDB pelo PSDB do governador Reinaldo Azambuja.

Da mesma forma, a vereadora Délia Razuk deve trocar o PMDB pelo PR do ex-deputado estadual Londres Machado, para concorrer à sucessão do prefeito Murilo Zauith (PSB) em 2016.

NACIONAL

Pouco mais de um ano antes da eleição de 2016, deputados e senadores insatisfeitos nos próprios partidos se movimentam para trocar de legenda a tempo de concorrer.

A legislação eleitoral exige que um candidato esteja filiado a partido político pelo menos um ano antes do pleito. Mas esse prazo poderá mudar se a presidente Dilma Rousseff sancionar o projeto de lei da reforma política aprovado no Senado e na Câmara, que estabelece somente seis meses de antecedência e não mais um ano.

De acordo com o Portal G1, após 18 anos no PT, o deputado Alessandro Molon (RJ), um dos vice-líderes do partido na Câmara, se registrou na quinta (24) na Rede Sustentabilidade.

A intenção do ex-petista é ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro em 2016, mandato que possivelmente não conseguisse disputar pelo PT.

Insatisfeitos com o espaço que tinham no PSB e no PMDB, os deputados Glauber Braga (RJ) e Danilo Forte (CE) fizeram o mesmo que Molon. Braga foi para o PSOL, enquanto Danilo Forte trocou o PMDB pelo PSB.

Forte explica que o PSB ofereceu a ele posto de direção no partido, além da possibilidade de se candidatar à Prefeitura de Caucaia, no Ceará.

“Estou assumindo a presidência do partido no estado do Ceará, num quadro de reconstrução depois da saída da família Gomes, que deixou o partido sem deputado federal, estadual e sem candidaturas no interior do estado. E existe possibilidade de eu ser candidato a prefeito em Caucaia, a segunda cidade do estado. É mais factível isso dentro do PSB que dentro do PMDB. No PMDB, já tinha inclusive um diretório montado no município”, afirmou Danilo Forte ao G1.

O deputado Glauber Braga diz que deixou o PSB pelo PSOL por se identificar mais com a ideologia do novo partido. Ele afirmou ainda que poderá ser candidato à Prefeitura de Nova Friburgo em 2016.

“O que me levou a mudar foi a afinidade ideológica, conciliada com a prática política do partido. A candidatura em 2016 é uma questão em aberto. Não descarto, mas não há decisão. Minha relação é com a Prefeitura de Nova Friburgo. Mas não foi isso que me levou a mudar de partido”, disse o deputado.

De olho na eleição presidencial de 2018, os irmãos Ciro e Cid Gomes deixaram o PROS em razão da possibilidade de se candidatarem pelo PDT.

No dia da filiação, o líder do partido na Câmara, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que ambos são cotados para disputar a Presidência da República pelo partido.

“Ele (Ciro Gomes) é um dos nomes que o PDT pode, sim, apresentar para 2018, mas não foi condicionado à candidatura a vinda dele para o PDT”, disse Figueiredo, citando ainda Cid Gomes e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) como possibilidades.

A senadora Marta Suplicy trocou o PT pelo PMDB de olho nas eleições para a Prefeitura de São Paulo, em 2016. O nome dela será submetido à convenção do partido, para definir se será, de fato, lançada na disputa.

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