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POLITICA: PMDB procura candidato em potencial para confronto com o PSDB em 2016

Sem André e Marquinhos Trad, partido flerta Simone, mas pode ter Carlos Marun como candidato à sucessão de Bernal ano que vem

Sem a provável participação do ex-governador André Puccinelli, principal liderança do partido em Mato Grosso do Sul, os caciques do PMDB procuram um candidato em potencial para disputar a Prefeitura de Campo Grande em 2016.

Com um cenário praticamente indefinido, os peemedebistas se preparam para o confronto com o PSDB do governador Reinaldo Azambuja e o PT do desgastado senador Delcídio do Amaral, envolvido em graves acusações na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Líder do Governo no Senado, Delcídio foi citado no depoimento de Fernando Baiano, em delação premiada. Segundo o lobista, ele recebeu US$ 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O negócio foi feito pela Petrobras em 2006 e rendeu um prejuízo de US$ 790 milhões aos cofres da estatal. Em nota oficial, Delcídio negou recebimento de propina.

O único nome forte nos quadros peemedebistas é o do deputado estadual Marquinhos Trad, que aguarda a janela partidária para definir seu destino. O dissidente iniciou conversações com o PSD do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, mas pode se abrigar em outra legenda dependendo dos entendimentos.

Entre as opções está o PTB, dirigido pelo ex-prefeito da Capital, Nelsinho Trad, irmão do deputado.

Fragmentado depois de derrotas sucessivas, o partido tem como opção no momento o nome do deputado federal Carlos Marun, mas pode mudar de ideia caso surja outro correligionário que queira se arriscar em 2016.

Fala-se até no nome da senadora Simone Tebet, que não tem planos de participar de outra campanha, uma vez que foi eleita em 2014.

Diante de um cenário de indefinições não apenas no PMDB, mas em outros partidos, alguns analistas ainda apontam André Puccinelli como candidato imbatível, mesmo envolvido em acusações da Operação Lama Asfáltica, deflagrada para apurar desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e contratações públicas em Mato Grosso do Sul.

Outro que enfrenta problemas é o prefeito Alcides Bernal (PP), também alvo de ação do MPE (Ministério Público Estadual).

Há dias, o juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 1ª Vara de Direitos, Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, indeferiu o pedido de liminar para afastar o prefeito, da Ação Civil Pública proposta pelo MPE-MS, no último dia 2.

Bernal é investigado sobre suposta irregularidade na contratação da empresa Mega Serv, responsável pela limpeza de 98 unidades de saúde da capital sul-mato-grossense, em 2013.

Para isso, foi necessário rescindir o contrato com outra empresa. Na época, a assessoria alegou que o contrato foi rompido com a empresa licitada pelo aumento abusivo dos valores. Então, a Mega Serv venceu a nova licitação emergencial.

Segundo o relatório da CGU (Controladoria Geral da União), o prejuízo causado ao município pelos contratos seria de R$ 13.700.369,86. Nesse relatório, usado como base na ação, foram analisados recursos federais repassados ao município entre janeiro de 2012 e agosto de 2013.

Rose é opção do PSDB (Foto: Divulgação)

PSDB e PT

Para analistas, o dilema envolvendo o processo sucessório no maior colégio eleitoral do Estado pode beneficiar partidos, cujos candidatos tenham menos problemas expostos.

O PSDB tem como uma das opções a vice-governadora Rose Modesto, que ocupa a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Inclusão e Assistência Social.

Ela conta com o apoio do governador Reinaldo Azambuja, mas sempre desconversa quando o assunto é sucessão municipal.

Já o PT dispõe de dois nomes em potencial, o do deputado federal Zeca do PT e o do deputado estadual Pedro Kemp. 

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