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Sem conseguir dormir, Delcídio pede ao STF para ficar em SP fazendo exames

Inicialmente, senador foi autorizado ficar até 7 de março na capital paulista.

O senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) pediu ao ministro Teori Zavascki, relator da operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), para ficar em São Paulo até 6 de abril. O parlamentar está na capital paulista desde fevereiro para realizar exames médicos e afirmou sofrer de angústia, insônia, diabetes e pólipos intestinais.

Após o pedido da defesa, o ministro Teori Zavascki mandou ouvir o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre o pedido de Delcídio. Janot concordou com o prazo desde que o senador apresentasse comprovação dos exames. A defesa apresentou documentos e agora a decisão caberá ao ministro do Supremo.Inicialmente, Teori autorizou que Delcídio ficasse em São Paulo de 26 de feveireiro a 7 de março. Em seguida, o parlamentar solicitou que o prazo fosse estendido até 22 de março, pedido que foi, novamente, estendido.Nesta segunda-feira, Delcídio renovou a licença no Senado das atividades parlamentares por motivos médicos. A nova licença começa a valer nesta quarta-feira (23) e tem validade até 6 de abril. O documento foi apresentado à secretaria geral da Mesa do Senado na última sexta-feira. A antiga licença expirava nesta terça-feira (22). Com a renovação, o senador poderá se ausentar de prestar depoimento ao Conselho de Ética, que estava marcado para quarta-feira.O ex-líder do governo responde a representação, no Conselho de Ética, por quebra de decoro parlamentar. Ele foi preso em novembro de 2015 por tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato.

Em gravação, obtida pela Polícia Federal, o senador aparece oferecendo um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Em troca, Delcídio queria que Cerveró não o citasse em acordo de delação premiada. No áudio, Delcídio também diz que conversaria com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para que fosse concedido um habeas corpus para Cerveró.Na última semana, o Ministério Público Federal tornou pública a delação premiada de Delcídio do Amaral. No depoimento, o ex-líder do governo no Senado faz uma série de acusações que envolvem desde os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respectivamente, até ministros de Estado, como Aloizio Mercadante (Educação) e José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União).A delação foi homologada por Teori Zavascki por conta da citação de pessoas com foro privilegiado, como a presidente Dilma Rousseff, ministros e senadores. Atualmente o procurador-geral da Repúblia, decide o que vai investigar em relação ao que foi dito pelo parlamentar.

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