Buscar

Solidariedade anuncia expulsão de Dr. Jairinho depois de prisão

A mãe da criança e namorada do vereador, Monique Medeiros da Costa e Silva, também foi detida.

Cb image default
Divulgação/Câmara Municipal dos Rio de Janeiro

O partido Solidariedade expulsou o vereador Dr. Jairinho, do Rio de Janeiro, preso na manhã desta 5ª feira (8.abr.2021), por suspeita de participação na morte do menino Henry Borel Medeiros. A mãe da criança e namorada do vereador, Monique Medeiros da Costa e Silva, também foi detida.

Na noite de 4ª feira (7.abr), a sigla havia anunciado o afastamento do vereador. Depois da prisão efetuada pela Polícia Civil, no entanto, as direções da Executiva Nacional e Estadual do partido anunciaram a expulsão imediata de Dr. Jairinho de seus quadros.

“Diante dos novos fatos revelados, a Executiva Nacional do Solidariedade, em conjunto com a Estadual do partido, resolve expulsar, de forma sumária, o vereador Dr. Jairinho”, diz nota à imprensa divulgada pela direção da legenda.

Pouco antes, um dos líderes do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), enviou à imprensa um comunicado em que se dizia a favor da expulsão de Dr. Jairinho.

“Foi encaminhado ao Conselho de Ética um pedido de expulsão sumária do vereador Dr. Jairinho solicitado pela Comissão Executiva Nacional do Solidariedade. O vereador já estava afastado e licenciado do partido antes do anúncio da sua prisão realizada hoje. Como pai de 5 filhos, sendo 2 ainda crianças, e avô de 4 netos, repudio qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes. Espero que os fatos sejam apurados e esclarecidos o mais rápido possível”, afirmou o deputado.

O CASO

Segundo o inquérito, Henry chegou ao condomínio onde morava levado pelo pai, Leniel Borel de Almeida, na noite de 7 de março. Por volta de 3h30 da madrugada de 8 de março, Monique e Jairinho disseram ter encontrado o menino caído no chão do quarto que dividia com a mãe. Henry estaria com pés e mãos gelados e olhos revirados.

Os 2 levaram a criança ao Hospital Barra D’Or. Médicas que atenderam Henry afirmaram que ele já chegou morto e com as lesões apontadas pelo laudo de necropsia. O documento mostra que a criança teve hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente. O corpo do menino apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões.

Monique disse, ao prestar depoimento, que acredita que o filho tenha acordado, ficado em pé sobre a cama e caído no chão ao se desequilibrar ou tropeçar. O vereador declarou no inquérito que ouviu os gritos de Monique e, ao entrar no quarto, notou que Henry estava gelado e parecia respirar mal. Henry não teria respondido à respiração boca a boca ou aos estímulos feitos no caminho ao hospital. Jairinho disse que, apesar de ter formação em Medicina, nunca exerceu a profissão.

O delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação, ouviu familiares, vizinhos e funcionários da família, entre outras testemunhas. Uma ex-namorada do vereador declarou que, durante a relação, ela e a filha, de 3 anos à época, sofreram agressões de Jairinho.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.