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TSE tenta conter ofensas durante propagandas

A pesada troca de acusações entre os presidenciáveis na última semana fez com que a Justiça Eleitoral decidisse intervir. 

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adotou medidas restritivas desde a última quinta para retirar o conteúdo ofensivo da propaganda gratuita na TV e no rádio dos dois candidatos.

Com o objetivo de tornar a campanha mais propositiva, o TSE cortou qualquer acusação de cunho pessoal no horário eleitoral.

Apenas nos últimos três dias, foram acatadas nove representações pedindo a proibição de programas.

O ministro que mais emitiu decisões suspensórias foi Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, que autorizou sete restrições. “Houve um evidente desvirtuamento do espaço reservado à propaganda eleitoral, o que tem prestado um desserviço à democracia”, afirmou ele.

As medidas foram tomadas tendo como base uma discussão da corte eleitoral na noite de quinta. Após o encontro, o TSE autorizou a imposição de limites mais duros à propaganda eleitoral. “Precisamos parar com as pirotecnias, para que os candidatos sejam escolhidos por sua essência e não por seus marqueteiros”, disse o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli.

‘Armas’ proibidas

Foram proibidas as menções no horário gratuito de Aécio Neves (PSDB) às denúncias de corrupção na Petrobras, no governo PT e a investigação de que Igor Rousseff, irmão da presidente, teria sido funcionário fantasma da prefeitura de Belo Horizonte.

Na propaganda de Dilma Rousseff (PT), por sua vez, não poderão mais ser citados os casos de corrupção investigados em governos do PSDB, a negativa do candidato Aécio Neves em fazer o teste do bafômetro em 2011 e também as suspeitas de improbidade na construção do aeroporto em Cláudio (MG).

Deste modo, a corte eleitoral espera uma reta final de campanha mais propositiva. A propaganda eleitoral gratuita termina na sexta, dois dias antes da votação.

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