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Além de gratificação e plantões, médicos cobram reajuste

Médicos e Prefeitura se reúnem hoje no Ministério Público em busca de acordo

Greve mantém suspensos atendimentos ambulatoriais e de saúde da família (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)

Nova negociação entre médicos e a Prefeitura de Campo Grande, nesta segunda-feira (18), pretende adicionar ao retorno de gratificações e plantões o reajuste salarial corrigido pela inflação.

Consenso entre as partes será mediado novamente pelo Ministério Público, diante de greve que mantém atendimento de 50% dos profissionais somente para casos de urgência e emergência.

Conforme o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), Valdir ShigueiroSiroma, o reajuste salarial era a pauta em discussão antes da categoria ser surpreendida com cortes em gratificações e plantões. Agora, além do retorno de benefícios concedidos desde 2011, os profissionais não abrem mão de discutir a data base. “Os colegas querem essa discussão”.

Reunião na 32ª Promotoria de Justiça, a partir das 10h, buscará intermediar um acordo entre as partes, ainda que outras duas negociações tenham falhado e a greve dos médicos sido retomada após suspensão de três dias.

“Tentamos dar um voto de confiança para a prefeitura, mas nos parece que há um descaso por parte do administrativo municipal com a classe médica e com a sociedade. Foi firmado um compromisso diante do Ministério Público e simplesmente ignoraram, esta falta de responsabilidade é inconcebível”, pontuou Valdir Shigueiro.

Entre abril e maio, quando iniciaram medidas de contenção de gastos pela Prefeitura, ao menos 53 médicos pediram exoneração. A redução dos plantões e o corte de duas gratificações, determinados por decreto, em março, tiveram efeito na folha de pagamento de abril, coincidindo com os afastamentos.

A greve mantém suspensos atendimentos ambulatoriais e de saúde da família, sendo garantidos por acordo no Ministério Público percentual de 50% dos médicos em unidades que recebem casos de urgência e emergência. Contrária a medida, a Justiça determinou multa diária de R$ 30 mil ao sindicato pela paralisação. Aguarda-se recurso para suspensão da decisão.

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