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Bactérias do intestino de bebês reduzem riscos de ter asma

Quando elas são encontradas em níveis baixos, o risco de asma aumenta. O número de pessoas com a doença subiu nos últimos 50 anos.

Cientistas canadenses descobriram que a existência de quatro tipos de bactérias no intestino pode ajudar muito os bebês. Quando elas são encontradas apenas em níveis muito baixos, o risco de asma aumenta. O número de pessoas com a doença subiu nos últimos 50 anos e hoje atinge uma em cada cinco crianças nos países do Ocidente.

Segundo a pesquisa, é importante ter uma boa quantidade dessas bactérias, porque elas produzem substâncias que interagem com o sistema imunológico dos bebês. O estudo identificou as quatro bactérias, que foram apelidadas de FLVR, e descobriu que elas precisam estar no intestino nos primeiros cem dias de vida para ajudar o sistema imunológico a se desenvolver.

Os pesquisadores analisaram dados clínicos de mais de 300 crianças observadas desde o nascimento e descobriram que com um ano de idade 22 delas tinham sintomas que indicavam uma predisposição a asma. Aos três anos, 36% dessas crianças foram diagnosticadas com a doença.

Os pesquisadores, então, cruzaram esses dados com exames de fezes colhidas dessas crianças aos três meses. Quem tinha quantidade pequena dessas bactérias teve asma. O aumento no uso de antibióticos durante a gravidez, partos cesarianos e o consumo de fórmula para substituir o leite materno são alguns dos motivos para que isso aconteça. De acordo com uma estimativa, essas práticas levaram o corpo humano a perder até 50% da diversidade original de micróbios.

A esperança agora é que a descoberta ajude na criação de um teste para diagnosticar o problema e, mais tarde, de tratamentos probióticos para prevenir a doença.

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