Publicado em 26/03/2020 às 17:12, Atualizado em 26/03/2020 às 21:23

Bebê é o 25º caso de coronavírus em MS, depois de um mês da doença no Brasil

Menino de 3 meses testou positivo para a doença, infectado por pessoa da família.

Campo Grande News,
Cb image default
Divulgação

Nesta quinta-feira, 26 de março, completa um mês que o Brasil identificou seu primeiro caso de coronavírus. Já são 57 mortes e 2433 casos confirmados de Covid-19 no País. Em Mato Grosso do Sul hoje, o boletim epidemiológico registra 25 casos confirmados, um a mais que ontem, sem nenhum óbito. O novo paciente é um bebê de 3 meses, de Campo Grande, contaminado por pessoa da família e internado com quadro estável. 

Aqui no Estado já são 388 notificações, 299 suspeitas descartadas e 11 excluídos. O lado bom é que nesta quinta-feira 9 pacientes tiveram alta, estão curados e 12 seguem em isolamento domiciliar. A notícia ruim é que quatro seguem internados, duas pessoas com alta programada, uma amanhã e outra na próxima semana, e duas outras com quadro mais grave, na UTI.

No dia 26 de fevereiro, o primeiro caso foi identificado no Brasil. Em Mato Grosso do Sul a confirmação chegou 17 dias depois, em 14 de março. 

Corrida contra o tempo - Como se trata de nova enfermidade, enquanto ela se espalha pelo mundo, pesquisadores tentam entender sua dinâmica, e, assim como no Brasil, traçar projeções. Em uma das entrevistas recentes, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS), disse que concluído o primeiro mês seria possível estimar dados sobre o avanço com base no próprio cenário. 

Com base na experiência de outros países, o Ministério estimou que o Brasil terá pico de casos entre 6 e 20 de abril. Essa estimativa tem como parâmetro o contexto de transmissão comunitária, quando já não se é mais possível identificar de quem o doente contraiu o coronavírus. Mato Grosso do Sul, com o número de casos estagnados há  ainda estava em transmissão comunitária. 

Enquanto a pandemia segue sua velocidade acelerada de transmissão e óbitos, com mais de 20 mil mortes em quatro meses no mundo, o Brasil ingressou em polêmico debate sobre a conveniência de manter ou não o isolamento social, medida que a OMS (Organização Mundial da Saúde recomenda), diante da falta de medicação ou vacina e os poucos conhecimentos que ainda se tem sobre a doença.