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Com indígena, idosa, médico e enfermeira, começa vacinação contra a Covid em MS

Ato simbólico com a imunização de 4 integrantes dos grupos prioritários iniciou imunização no Estado, que começa de fato nesta terça-feira

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Domingas, 91 anos, foi a primeira sul-mato-grossense vacinada contra a Covid-19. (Foto: Leonardo de França)

Foi aberta com um ato simbólico na tarde desta segunda-feira (18), no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, o trabalho local da Campanha Nacional de Vacinação contra o Coronavírus. A imunização, que agora continuará com a distribuição de vacinas para os municípios a partir desta terça (19), envolverá 158.760 doses, com foco nos grupos prioritários.

Dos imunizantes, que incluem duas doses por paciente, 97 mil devem beneficiar 48,5 moradores de terras indígenas e 61.760 vão para os 30.880 demais integrantes de grupos prioritários –profissionais de Saúde, sendo a princípio os que atuaram diretamente com pacientes com Covid-19, e idosos e portadores de deficiência em instituições de longa permanência.

As doses foram recepcionadas na Base Aérea de Campo Grande pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, de onde seguiram para a Rede de Frio da SES –onde ficará armazenada a baixas temperaturas enquanto é feito o rateio entre as cidades e a distribuição propriamente dita.

A vacinação simbólica começou com 4 pessoas: a indígena Domingas da Silva, de 91 anos, moradora da aldeia Tereré em Sidrolândia –a 71 km de Campo Grande–, a primeira sul-mato-grossense a ser imunizada; Maria Bezerra de Carvalho, que fará 83 anos na próxima segunda-feira e é moradora do Asilo São João Bosco; o médico Márcio Estevão Midom, 43, que sozinho tratou de mais de 100 pacientes com o novo coronavírus; e da auxiliar de enfermagem Sandra Maria de Lima, 40.

Domingas revelou, logo após ser vacinada, que se mostrou ansiosa para receber a CoronaVac. “Quando soube pela minha filha, que disse para virmos para eu ser vacinada, já disse, ‘vamos hoje então’. Se é para a nossa saúde, vamos. E estou aqui sentada, conversando agora”. A idosa deixou claro que, sua intenção é “saber da minha saúde, da minha família e de qualquer conhecido”.

“Essa vacina é muito importante, tanto para mim como para todo o meu povo do asilo, para a nossa vida”, afirmou Maria Bezerra, honrada com a possibilidade de estar entre os primeiros imunizados. “Isso vai ser importante não só no Estado, mas para o povo todo, até para quem vem de fora. Se chegar aqui e todos estiverem vacinados é uma grande coisa”, desejou ela. “A doença é no Brasil inteiro, não tem para onde correr”.

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