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Jovem entra em coma após ter silicone industrial aplicado no corpo

Procedimento foi feito por um conhecido dela

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Divulgação

Uma jovem transexual, de 19 anos, está internada em coma na UTI do Hospital de Base de Bauru (SP) depois de ter silicone industrial aplicado no corpo. Renata Valasque, moradora de Lins (SP), recebeu a aplicação de silicone em outubro e, segundo a família, entrou em coma nesta segunda-feira (4). A jovem está internada em Bauru desde 16 de outubro.

De acordo com a mãe, que prefere ter a identidade preservada, as dores da filha começaram dias depois que a substância foi injetada por um conhecido da jovem, que mora em Belém (PA). Ainda conforme a mulher, a filha e o rapaz que fez a aplicação do silicone industrial se conheceram em Portugal e mantinham contato pelas redes sociais.

A jovem comprou o silicone industrial pela internet e pagou a passagem de avião para o homem que fez a aplicação da substância nas nádegas dela, informou a mãe. O procedimento foi realizado na casa da jovem, em Lins.

O silicone industrial aplicado na jovem é usado para lubrificar peças de veículos. A substância é proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Ministério da Saúde para fins médicos. A aplicação do produto para este fim é crime com pena de dois a oito anos de prisão.

“Logo no início da aplicação começou a queimar. No outro dia amanheceu com ferida, ela foi levada para a Santa Casa de Lins, fez cirurgia para remover, depois veio para Bauru, onde passou por outras quatro cirurgias", relata a mãe.

Uma irmã da jovem contou à TV TEM que a aplicação foi feita no dia 11 de outubro. Três dias depois, a jovem foi levada para a Santa Casa da cidade. No dia 16 de outubro, foi transferida para o Hospital de Base, em Bauru, onde permanece.

Logo que chegou ao hospital de Bauru, segundo a irmã, Renata ficou três semanas em coma induzido. Ela foi despertada para começar a receber enxerto para a reconstrução da nádega, mas no último sábado (2), sofreu uma parada cardíaca e ficou "sem reações", segundo a parente, resultando no coma.

Ainda segundo a família, essa não foi a primeira vez que a jovem teve silicone industrial aplicado no corpo. Antes, ela já tinha feito outras duas aplicações, nas pernas e nos quadris.

Dessa vez, o homem que fez a aplicação usou uma marca diferente da que tinha utilizado anteriormente. A mãe conta que aconselhou a filha a não usar o produto. A reportagem da TV TEM tentou contato com o amigo que fez a aplicação por telefone, mas ele não atendeu as ligações.

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