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Metade dos mortos por coronavírus em MS, diabéticos enfrentam fatores extras de risco

COMO AGIR? Quem tem diabetes não pega covid-19 mais facilmente, mas enfrenta quadro de maior gravidade caso se contamine

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Divulgação

Metade das pessoas que morreram de covid-19 em Mato Grosso do Sul eram diabéticos. Dos 14 óbitos registrados até o momento em MS por causa do novo coronavírus, sete conviviam com diabetes. A doença não facilita a contaminação, mas aumenta o risco de quadro clínico grave, com a taxa de letalidade maior, conforme a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).

MS registrou na quinta-feira (14) 452 casos de coronavírus, com uma média de 20 novos casos confirmados por dia.

Segundo dados da SDB, quem tem diabetes, como no caso do jovem adulto de apenas 38 anos que morreu de coronavírus em Campo Grande nesta quinta (5), não tem mais vulnerabilidade para contaminação com o vírus, mas sim maior risco de gravidade com a doença.

Diabetes controlado e prevenção do contágio

A principal medida, nesses casos, além de se proteger do contágio por coronavírus, é manter o diabetes controlado. Com isso, o risco de complicações na covid-19 diminui e fica quase igual ao de uma pessoa não diabética.

Ainda segundo a SBD, as pessoas com diabetes com nível de açúcar descontrolado no sangue ou aquelas com longo histórico de mau controle metabólico, que tenham complicações a mais, ou que tenham outra doença junto com o diabete – doença concomitantes – especialmente idosos, o risco de agravamento de coronavírus quando contraído por ser maior.

Confira algumas dúvidas que a SBD respondeu sobre diabetes e novo coronavírus:

Os sintomas da COVID-19 são diferentes em pessoas com diabetes?

Não, os sintomas serão os mesmos da população sem diabetes. Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca e cansaço. Podem estar associados: coriza, obstrução nasal, dor de garganta. Quadros gastrointestinais como diarreia, são menos frequentes.

A maioria das pessoas infectadas apresentam sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia). Cerca de 14%, a menor parte das pessoas infectadas, podem desenvolver sintomas graves (dificuldade em respirar e falta de ar), necessitando internações para tratamento com suporte de oxigênio.

Todas as pessoas com diabetes tem imunidade baixa? A pouca ou ausência de insulina afeta a imunidade?

A baixa imunidade na pessoa com diabetes está ligada à elevação do açúcar no sangue, não à falta de produção de insulina. Por isso o controle da glicemia, através de monitorização, uso adequado da insulina ou medicação oral, alimentação equilibrada e exercício físico, vai permitir que a pessoa com diabetes enfrente o coronavírus com menos riscos à sua saúde.

A pessoa com diabetes que está muito acima do peso também pode ter a imunidade afetada por ter maior inflamação desenvolvida por este excesso de peso

O risco de complicações da COVID-19 é maior tanto para quem tem diabetes tipo 1 quanto tipo 2?

O risco de complicações é maior para aqueles com 60 anos ou mais, que já tenham complicações do diabetes, com outras doenças como a pressão alta e que estão com altos níveis de açúcar no sangue, independente do tipo de diabetes.

Pré-diabetes é considerado grupo de risco?

Não há dados disponíveis com nível de evidência que possa afirmar que pacientes pré-diabéticos tenham risco aumentado diante de uma infecção do coronavírus. Deve-se observar se o pré-diabetes está presente em pessoas com outras patologias associadas e em idosos.

De modo geral, todos, em risco ou não, devem seguir as mesmas orientações gerais para evitar o contágio e seguir todas as orientações das autoridades sanitárias vigentes. O isolamento social, saindo se casa somente em casos realmente necessários, uso de máscaras e o hábito de lavar as mãos são principais medidas de prevenção da infecção por coronavírus. Para mais informações, é possível conferir as informações sobre diabetes da SBD.

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