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Ministério da Saúde confirma terceira morte relacionada ao vírus da zika

Paciente era uma jovem de 20 anos, do município de Serrinha.Morte foi em 2015, mas resultado dos exames saiu quase 1 ano depois.

O Ministério da Saúde confirmou a terceira morte relacionada ao vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, no Brasil.

O paciente era uma jovem de 20 anos, do município de Serrinha, no Rio Grande do Norte. Ela ficou internada em Natal durante 11 dias com problemas respiratórios. A morte foi em abril do ano passado, mas o resultado dos exames saiu apenas agora.

 

A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) ainda não se pronunciou oficialmente sobre a confirmação do Ministério. De acordo com a assessoria de imprensa da Sesap, o caso desta jovem era tratado como sendo de pneumonia. Uma reunião extraordinária foi convocada para a manhã desta quinta para esclarecer o assunto.

Segundo o Ministéria da Saúde, porém, não há dúvida.

A paciente em questão foi internada no dia 11 de abril de 2015 em seu município com um quadro de tosse seca e contínua.  O quadro evoluiu para tosse com sangramento e, devido à evolução para agravamento, a paciente foi transferida para o Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, no dia seguinte (12 de abril).  No dia 23 de abril de 2015, a paciente veio a óbito. Inicialmente a causa base da morte foi tida como pneumonia devido ao quadro de infecção aguda. O caso foi investigado pelo Instituto 

Evandro Chagas, que constatou a infecção aguda pelo vírus Zika. O Ministério da Saúde já notificou a Organização Mundial (OMS) sobre o tema.

No final de novembro, o Evandro Chagas confirmou o primeiro caso de morte pelo vírus da zika no Brasil. A vítima foi um homem que morava no estado do Maranhão. Segundo os especialistas, o paciente tinha lúpus, uma doença que afeta o sistema imunológico, e por isso não resistiu à zika.

O segundo caso de morte ligada ao vírus da zika foi o de uma menida de 16 anos, do município de Benevides, no Pará. O comunicado foi feito pelo ministério no dia 28 de novembro.

Ela morreu no final de outubro. Os dados mostram que os sintomas começaram em 29 de setembro, e que a coleta de sangue foi feita sete dias depois, quando o caso foi notificado, em 6 de outubro. Ela apresentou dor de cabeça, náuseas e petéquias (pontos vermelhos na pele e mucosas). O teste foi positivo para o vírus, confirmado e repetido, disse o ministério na ocasião.

A doença é transmitida pela picada dos mosquitos da família “aedes”, a mesma que transmite dengue e a febre chikungunya. A prevenção é evitar lixo acumulado e não deixar água parada como criadouro de mosquitos.

Casos de microcefaliaO Ministério da Saúde também confirmou no final do ano passado a relação entre o vírus da zikae o surto de microcefalia na região Nordeste. Na época, o Instituto Evandro Chagas, na capital paraense, encaminhou o resultado de exames realizados em uma bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika.

A partir desse achado do bebê, o Ministério da Saúde passou a considerar confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

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