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Mosquito se adapta ao frio e epidemia de dengue já atinge 50 cidades de MS

Adaptação de mosquito garante crescimento de casos de dengue também no inverno

Trabalhos de limpeza acontecem em bairros da Capital para evitar proliferação do mosquito. (Foto: )

Apesar da proximidade do inverno, os números de casos de dengue continuam crescendo em Mato Grosso do Sul. Segundo último levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, o total de notificações nas últimas 18 semanas totaliza 21.016 casos. Na última semana foram 845 registros em todo o Estado. Na semana anterior, o levantamento apontava 897 notificações, e um total de 19.187casos suspeitos.

De acordo com o coordenador do Controle de Vetores do Estado, Gilmar Cipriano da Costa, o número de cidades com alta incidência da doença já extrapola 50. Ocupando as três primeiras posições continuam Iguatemi, com 1261 casos, Sonora, com 895 e Selvíria, com 332 notificações. Como o município não informou dados das duas últimas semanas, o número pode ser um pouco maior. 

O número de casos suspeitos também cresceu em Amamabai, que computava 1.072 casos e agora soma 1.192; Maracaju, com 722 e Naviraí, com 853 contra 780 da última semana. A Secretaria de Saúde ainda não conseguiu totalizar o novo ranking por problemas técnicos.

Gilmar explica que o fato de a doença não estacionar nessa época de frio é devido a adaptação do mosquito transmissor ao meio ambiente. A dengue há muito tempo deixou de ser uma doença sazonal, de ocorrência só no verão. Como o vetor vem se adaptando ao clima, os casos podem até diminuir, mas não desaparecem totalmente, destaca. Ele ressalta que no inverno de 2014 Campo Grande continuou notificando casos. Durante todo o ano tivemos casos. O frio não impede mais o mosquito de proliferar, afirma.

No total, já são sete óbitos confirmados em todo o Estado. Desde a primeira semana de relatório da doença, a Secretaria de Saúde registrou duas mortes em Sonora, uma em Campo Grande, Corumbá, Paranhos e Juti. Na sexta-feira (15), o sétimo óbito confirmado ocorreu em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande. A morte foi confirmada pela Vigilância Epidemiológica da cidade e vitimou uma mulher de 26 anos, no dia 8 de maio.

Segundo informações de profissionais de Saúde do município, a mulher começou a apresentar os sintomas no dia 4 e foi internada no Hospital da Vida no dia 06, morrendo dois dias depois. O teste que confirmou a causa da morte saiu na quinta-feira (14).

Serviços de manutenção - Campo Grande está entre os 30 primeiros municípios com alta incidência de dengue. De janeiro até maio já são 4.297 notificações e 1.039 casos confirmados, com o registro de 1 óbito confirmado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). A vítima foi a professora aposentada Amélia Atsuko Guenka da Silva, 67 anos, que residia no bairro Monte Castelo.

Para evitar que o município suba no ranking, a prefeitura segue realizando serviços de limpeza em bairros, com serviços de limpeza de ruas e terrenos públicos. Semanalmente, a Secretaria de Infraestrutura organiza um cronograma de limpeza, que atende tanto às vistorias sazonais dos bairros quanto as solicitações da população.

As denúncias de áreas e imóveis com lixo, podem ser denunciadas pelo telefone 3314-3676. Neste caso, o solicitante recebe um protocolo para acompanhar o atendimento.

No caso de lixo e entulho em terreno particular, é possível fazer denúncia por meio do número 156. 

A Ouvidoria de Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) também recebe denúncias de áreas propícias para a propagação de insetos transmissores de doenças como dengue, febre chikungunya e leishmaniose, além dos animais peçonhentos. As denúncias podem ser feitas pelos telefones 3314-9955 ou 3314-3340.

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