Publicado em 15/04/2019 às 09:50, Atualizado em 15/04/2019 às 13:52

Mosquitos com bactéria Wolbachia serão liberados na Capital

Esta bactéria natural impede a proliferação dos vírus da Zika, da Dengue

Redação com, Correio do Estado
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Divulgação

Mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia serão liberados em Campo Grande com objetivo de impedir a proliferação dos vírus da Zika, da Dengue, Chikungunya, Febre Amarela e até a Febre do Mayaro. São unidades naturais do Aedes aegypti, ou seja não modificadas em laboratório, mas, infectadas clinicamente.

Esta pesquisa com mosquitos infectados com a bactéria começou na Austrália em 2005. No Brasil, os estudos começaram a ser realizados em 2015, na cidade de Niterói (RJ) e agora, essas unidades do mosquito serão introduzidas em Campo Grande, Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE).

A expectativa, segundo o pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, é reduzir o número de pessoas infectadas pelos vírus transmitidos pelo Aedes ao mesmo tempo aumentar a população de mosquitos infectados com a Wolbachia, bloqueando assim a infecção da população.

A escolha de Campo Grande como uma das cidades piloto para o teste tem relação com a situação de epidemia vivenciada na cidade.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, comentou sobre a eficácia das bactérias para impedir a transmissão das doenças. Segundo ele, existem ainda outras pesquisas paralelas em relação ao Aedes. É o caso da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan.

Na Capital de Mato Grosso do Sul, 400 pessoas participam dos testes com a vacina. “Esperamos que nos próximos anos esteja disponível para a população”, disse o ministro.

Ao todo, serão investidos R$ 22 milhões nas pesquisas relacionadas com a bactéria Wolbachia.

O Coordenador estadual de Controle de Vetores e Zoonoses, Mauro Lúcio Rosário, reforçou a ideia de expandir o projeto para os demais municípios.