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“Não sinto gosto de nada” dizem pacientes do Quebra Coco após testarem positivo (mas curados) para COVID-19

Os dois últimos casos no Distrito são de pacientes que já esta com os anticorpos para o COVID-19.

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ESF Quebra Coco - Foto SN

Um homem de 28 anos e uma mulher de 37 anos, moradores do Distrito do Quebra Coco, foram submetidos ao teste para COVID-19 no dia de ontem(16).

Após o resultado apresentar os anticorpos para a doença, ou seja, contraíram, mas já estão curados, alegaram que mesmo após a cura, não tem paladarNão sinto Cheiro nem Gosto de Nada” disse um dos pacientes.

Embora ainda não existam estudos consistentes sobre a ligação entre o coronavírus e o olfato, médicos relataram que perder esse sentido pode estar entre os sintomas da infecção pelo vírus. No entanto, a prevalência e a duração desse sintoma não estão claras. “Sabemos que quase 70% das pessoas infectadas pelo vírus apresentam perda de olfato ou de paladar, ainda que tenham apenas uma infecção leve”.

Quanto tempo isso vai durar? Será permanente?

A resposta, de acordo com o professor Steven Munger, diretor do Centro de Olfato e Paladar da Universidade da Flórida, ainda é desconhecida. A volta do olfato "pode levar dias, semanas, às vezes até meses ou anos em raras ocasiões. Às vezes é algo gradual, às vezes acontece de uma vez e realmente não sabemos as razões", acrescentou.

Perda reversível

A boa notícia é que é possível recuperar tanto o sentido do olfato quanto o do paladar. As células basais, responsáveis pelos neurônios sensoriais olfativos, cuidam disso no nariz.

Esse processo transcorre em torno de 60 dias, porque, uma vez superada a doença, a maioria dos pacientes recuperam o olfato em até dois meses.

Quanto às células receptoras gustativas, elas se regeneram a partir de células precursoras a cada 10-14 dias. Assim, é possível que o paladar seja recuperado antes do olfato.

O que está claro é que, na pandemia atual, a anosmia e a disgeusia que surgem de repente devem ser considerados sintomas de alerta precoce, inclusive na falta de outros sintomas respiratórios, para identificar novos casos de infecção por Sars-CoV-2.

* José Antonio López Escamez é professor e doutor em otorrinolaringologia do departamento de cirurgia da Universidade de Granada, na Espanha.

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