Buscar

Nova UTI do Hospital Regional está sem previsão para operar

As dez vagas de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) que seriam abertas neste mês no HR (Hospital Regional) de Campo Grande e amenizariam o déficit na Capital foi adiada e não tem nova data para acontecer. Em janeiro, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) visitou o hospital e anunciou a abertura desses leitos o e a promessa era de que em 120 dias elas já estariam em funcionamento.

O setor de tratamento intensivo está em crise e essa deficiência tornou-se mais gritante neste mês. A Santa Casa chegou a anunciar, na semana passada, o fechamento do pronto-socorro para pacientes graves, que dependam de respiração mecânica, uma vez que todas as 67 vagas de UTI da instituição estão ocupadas. Até ontem, a situação era a mesma no maior hospital de Mato Grosso do Sul e, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), cinco pacientes esperavam pela internação em postos de saúde.

A diretoria do HR de Campo Grande informou, por meio da assessoria de imprensa, que o 8º andar da unidade hospitalar já está funcionando – a área precisava passar por reforma para abrigar novos leitos -, mas as vagas de UTI adulto dependem ainda de envio de documentos para credenciamento no Ministério da Saúde e não há prazo para conclusão do processo.

Uma comissão especial foi montada neste mês para averiguar as pendências que existem no hospital, entre elas a deficiência de UTI. O grupo tem 60 dias para desenvolver esse trabalho.

A prefeitura de Campo Grande, que é responsável pela gestão da saúde na Capital, também não efetivou a ampliação de leitos de UTI. De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), que conduziu inquérito ano passado para averiguar a falta de leitos na cidade, há uma deficiência de 81 leitos em UTI e 1.016 de vagas para internação.

A investigação conduzida pela 32ª Promotoria de Justiça de Campo Grande foi judicializada ano passado. Os governos municipal e estadual são réus no processo.

O diretor de urgência da Sesau, Frederico Galipp, reafirmou que crise na falta de UTI na cidade já dura mais de 20 dias. “As UTIs continuam lotadas. Não temos vaga na rede pública e nem na particular. Temos cinco pacientes precisando desses leitos hoje (26)”.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.