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Secretaria descarta síndrome rara em menino de 5 anos que morreu com covid

Única suspeita que segue em investigação é da adolescente de 15 anos, que morreu de covid no dia 20 de outubro.

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Caso da adolescente de 15 anos que morreu em Campo Grande ainda segue em investigação. Imagens são do sepultamento. (Foto: Kísie Ainoã)

O óbito do menino de 5 anos, de Ponta Porã, que morreu de covid-19, foi descartado como SIM-P (Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica). A informação foi dada pela assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde nesta segunda-feira (9).

O menino que tinha asma e obesidade e também era autista morreu na última terça-feira (27), depois de dois dias internado em Dourados. A única suspeita que segue em investigação é da adolescente de 15 anos, que morreu de covid no dia 20 de outubro, em Campo Grande. Segundo familiares, a menina não tinha nenhuma comorbidade associada.

A SIM-P pode aparecer meses depois da covid-19. Segundo nota técnica da covid, da Secretaria Estadual de Saúde, a síndrome inflamatória é grave e tem características semelhantes as de outra síndrome, chamada Kawasaki, mas seus sinais e sintomas clínicos completos ainda são desconhecidos.

Os relatos de casos disponíveis na literatura descrevem que a síndrome é caracterizada por febre persistente, superior a 38°C, entre crianças, adolescentes e jovens de 0 a 19 anos, por mais de três dias, acompanhada de um conjunto de sintomas que podem incluir: hipotensão, comprometimento de múltiplos órgãos e elevados marcadores inflamatórios.

A maioria dos casos relatados apresentam exames laboratoriais que indicam infecção atual ou recente pelo SARS-CoV-2 ou vínculo epidemiológico com caso confirmado de covid- 19.

Menina de 8 anos - Sobre a criança de 8 anos que tinha insuficiência renal e morreu no Hospital Universitário (HU), em Campo Grande, a Secretaria Estadual de Saúde confirma o que a Secretaria Municipal de Saúde de Sidrolândia informou anteriormente, que o óbito da criança foi contabilizado como sendo covid-19. No entanto, a morte dela ainda não aparece nos dados, porque desde a semana passada, a plataforma que contabiliza os óbitos por covid está fora do ar.

Familiares negam que ela tenha morrido por conta do coronavírus e justificam que ela testou positivo, mas não apresentou nenhum sintoma. A menina tratava de insuficiência renal e uma bactéria no cateter a levou para o hospital. Foram feitas duas cirurgias para retirar e depois colocar o cateter. Foi no pós operatório do segundo procedimento que ela teve duas paradas cardíacas devido à infecção generalizada grave. 

Ainda sobre a menina, a Secretaria Estadual de Saúde diz que este óbito não será investigado como SIM-P "por não se encaixar nos critérios definidos pela nota técnica", disse a secretaria.

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