Buscar

Sem 13°, técnicos de enfermagem organizam greve na maternidade Cândido Mariano

Parece que o caos se estabeleceu na Maternidade Cândido Mariano,

Cb image default
Ambulância de Sidrolândia na recepção da Maternidade Candido Mariano na Capital

Parece que o caos se estabeleceu na Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande. Pelo menos é o que denunciam os profissionais, principalmente os técnicos de enfermagem, que estão sem receber o 13° e já falam em greve. Pelo menos seis profissionais já cogitam a possibilidade.

“Não recebemos nosso 13° até agora. Na segunda, eles deram prazo pra pagar até o dia 26, mas até agora nada. Não dá pra fazer denúncia porque o Ministério do Trabalho está de recesso. Então, temos que fazer por nós mesmos”, diz uma profissional que terá a identidade preservada.

Apesar do sentimento de revolta, ela conta que muitos querem fazer a greve, no entanto, estão com medo de represálias.

“Tem umas seis pessoas falando em paralisar as atividades, não temos a data certa ainda, só que muitos têm medo do que pode acontecer. Além disso, também pensamos nos recém-nascidos, como que eles vão ficar. Só que não estão tendo consideração com a gente”.

Pela lei, o 13º salário deve ser pago sempre até o dia 20 de dezembro. Caso não seja feito o depósito, as empresas ficam sujeitas à multa.

Confira a nota emitida pela maternidade: "A Maternidade Cândido Mariano informa que todos os setores já foram avisados sobre a data do pagamento do 13º e que, caso algum funcionário ainda não tenha conhecimento, pode entrar em contato com o coordenador da equipe para alinhar as informações. Por hora, a Caixa Econômica Federal fez o compromisso de fazer o repasse do valor do empréstimo nesta quinta-feira, 26 de dezembro de 2019 e que, havendo o recurso, os pagamentos serão realizados hoje (27 de dezembro) para todos os colaboradores, de todos os setores".

Falta de insumos

No início do mês de dezembro, após médicos denunciaram também atrasos nos salários, os técnicos da unidade entraram em contato como TopMídiaNews para mostrar a falta de remédios e as condições de trabalho.

“O caos não é só o salário. Está faltando material. Estava em falta dipirona, tramadol, cefalotina, cefazolina e até simeticona comprimido, as pacientes ficaram com dor”, disse uma profissional na época.

“Não temos material para trabalhar, a UTI neonatal não tem luvas para procedimentos, seringas, equipos (para infusão de sangue), temos que reaproveitar. Bebês que tem sífilis estamos tendo que mexer sem luva porque não tem, com risco de ser contaminado”, destacou.

Na ocasião, a assessoria de imprensa da unidade informou a situação já tinha sido passada para a direção e que aguardava posicionamento.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.