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Terceira idade e cirurgias plásticas: há alguma contraindicação?

Se engana quem pensa que os idosos não são vaidosos; veja como as cirurgias plásticas cada vez mais são procuradas por esse público e se existem contraindicações

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Divulgação

A vaidade e a preocupação estética cada vez mais são pautas de nosso dia a dia, seja por influências televisivas ou das mídias sociais.

Apesar de não existir qualquer dúvida sobre a grande procura entre o público ovem por procedimentos estéticos e cirurgias plásticas, se engana quem pensa que a terceira idade fica para atrás nesse quesito.

De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), entre os anos de 2016 e 2018, a porcentagem de idosos acima dos 65 anos em busca de procedimentos nas clínicas foi de 5,4% para 6,6%.

Entre as pessoas de 36 a 50 anos, o aumento também é considerável no mesmo período: ultrapassou-se a marca dos 36%. Esse percentual, inclusive, é maior que em relação aos mais jovens, que não chega a 35%.

Um exemplo que vem sempre em mente quando este é o assunto é o da cantora Gretchen, que aos 60 anos se submeteu a uma cirurgia de lipoaspiração para retirada de gordura localizada no abdômen e nas costas, além de diversos outros no rosto.

E esse cenário não se restringe somente ao Brasil. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS), nos Estados Unidos da América, no ano de 2016, em média 13% dos pacientes que fizeram alguma cirurgia tinha mais de 65 anos.

Por que a procura por questões estéticas aumentou entre os idosos nos últimos anos?

Muitos leitores devem estar se perguntando qual a razão pelo aumento da preocupação estética entre a terceira idade.

Uma resposta bem simples, é claro, é pela vaidade que o povo brasileiro tem em relação aos demais nativos de outros países do mundo.

Já em uma análise mais aprofundada, é possível falar na expectativa de vida do brasileiro que cresce aceleradamente.

Cerca de 70 anos atrás, na década de 1940, a expectativa de vida era de aproximadamente 40 anos. Hoje em dia, esse número aumentou para os 75 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Novamente, segundo a SBCP, a população idosa tem se tornado cada vez mais saudável e ativa e em nosso país, aproximadamente 28 milhões de pessoas já tem mais do que 60 anos.

Nesse sentido, é fácil presumir que a terceira idade cada vez mais está em busca de saúde e, consequentemente, de transmitir através da aparência uma imagem mais jovial.

Por essa razão, ao não se sentir bem diante da autoimagem, os procedimentos estéticos e as cirurgias plásticas se tornam uma excelente opção e uma grande aliada.

Quais são as cirurgias plásticas mais procuradas pelos idosos?

Alcançada a faixa dos 65 anos, os homens e as mulheres buscam por clínicas e procedimentos que atenuem os sinais de envelhecimento e favoreçam a silhueta, para ficar com uma aparência mais estética.

Assim, os procedimentos mais procurados para o rosto são os peelings, o laser, os preenchimentos faciais, a toxina botulínica e para o corpo, aqueles menos invasivos que combatem a gordura localizada, como o Ultracontour e o Accent.

Já no âmbito das cirurgias plásticas, aquelas mais agressivas, as mais comuns entre os idosos são o lifting facial, cujo objetivo é combater a flacidez da face e do pescoço.

Com relação ao corpo, a mastopexia com prótese; procedimento que tem como finalidade erguer as mamas, bem como a blefaroplastia, que busca rejuvenescer as pálpebras, são os mais queridos na terceira idade.

Existem contraindicações para os idosos que desejam se submeter a procedimentos estéticos e cirúrgicos?

Talvez a principal dúvida e o maior receio entre o público em questão sejam relacionados a contraindicações e complicações devido à idade.

Para sanar esta questão, é importante saber o que é considerado quando o assunto é cirurgia plástica na terceira idade.

Segundo os cirurgiões plásticos de confiança e com credibilidade no mercado, o fator idade não é o único que deve ser analisado para viabilizar ou não um procedimento, ou uma cirurgia.

A título explicativo, podemos citar como exemplo uma pessoa idosa com bom estado de saúde e uma pessoa na faixa dos 40 anos que não tem as mesmas boas condições.

Certamente, os riscos serão menores àqueles que tem a saúde em dia, embora mais idade, se comparados com alguém mais jovem, mas com péssimo estado de saúde em geral.

Entretanto, ainda assim, é altamente recomendado que alguns cuidados maiores sejam considerados. A seguir, listamos quais são eles.

Realizar um check-up geral

Inevitavelmente, envelhecer traz como desvantagem a maior probabilidade no desenvolvimento de algumas doenças, como no caso de colesterol, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

Considerando que a maioria dessas doenças agem de maneira silenciosa no organismo, ainda que aparentemente esteja tudo bem, é importante realizar uma bateria de exames para averiguar quais as condições reais de saúde do paciente.

Dessa forma, é possível que o médico faça uma avaliação com o intuito de reduzir possíveis riscos.

Isso não significa necessariamente que, caso encontrado algum problema, a cirurgia não poderá ser realizada. Basta que seja tratado a princípio para viabilizar procedimentos estéticos posteriormente.

Fazer um acompanhamento de doenças crônicas

Na hipótese de já se conhecer doenças crônicas, o cirurgião plástico recomendará um acompanhamento mais incisivo, de forma que, novamente, os riscos sejam minimizados.

Estar preparado para um maior período de recuperação

Se o paciente deseja voltar as atividades cotidianas com certa urgência, o médico provavelmente irá brecar o avanço da cirurgia.

Isso porque, inevitavelmente, os idosos têm um processo de cicatrização mais lento, além de que, dependendo do quão invasivo será o procedimento, o organismo sofrerá um abalo com maior intensidade.

Evitar muitas cirurgias ao mesmo tempo

Cirurgias mais complexas, como a abdominoplastia, ao serem combinadas com outros procedimentos, como a mastopexia e a lipoaspiração, podem representar um elevado risco, ainda mais considerando a quantidade de anestesia e o tempo da operação.

Assim, é recomendado que seja feita uma cirurgia por vez, para que o corpo tenha tempo hábil para se recuperar da melhor forma possível.

Tomando todos esses cuidados acima citados, os riscos são bem baixos e dificilmente haverá alguma contraindicação ou complicação. Entretanto, é válido sempre lembrar, procure um profissional de confiança e tire todas as suas dúvidas!

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