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Uso abusivo de descongestionante nasal pode causar arritmia, pressão alta e até trombose

(Foto: Ilustração/Marco Antonio Rezende / Agência O Globo)

Basta a temperatura cair para muita gente sacar de bolsos e gavetas os frascos de descongestionantes nasais. Com a chegada de noites mais frias, a incidência de gripes, resfriados e alergias respiratórias aumenta. Um prato cheio para apelar para tais medicamentos.

No entanto, o hábito de pingar continuamente o remédio no nariz, além de viciar, mascara um enorme perigo para a saúde do coração.

A longo prazo, os efeitos dos descongestionantes elevam o risco de trombose e formação de coágulos. Na mucosa nasal, o uso abusivo provoca uma reação inflamatória, fazendo com que seja preciso quantidades cada vez maiores do remédio para se obter bem-estar.

- O alívio da congestão nasal é imediato. Por isso, a pessoa acha que está fazendo um grande negócio. Mas é só um paliativo - diz o otorrinolaringologista Jair de Carvalho e Castro, do Hospital Samaritano do Rio.

Segundo o médico, o correto é buscar ajuda para descobrir e tratar a causa do entupimento das narinas, que pode ser sinusite, desvio de septo ou pólipo nasal, entre outras.

Lavar as narinas com soro fisiológico ou solução de água com sal e bicarbonato é uma boa alternativa para aliviar a congestão sem remédios, ensina Jair de Carvalho e Castro. Para quem já se viciou nos descongestionantes, o tratamento é feito com medicamentos orais e injetáveis que visam à recuperação da mucosa do nariz.

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