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Vacinação aberta para toda a população provoca filas em unidades de saúde

No início desta tarde, tempo médio de espera chega a uma hora

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Longas filas se formaram nas unidades de saúde - Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado

A vacinação contra gripe estendida para toda a população a partir de hoje, provocou longas filas de espera nas unidades onde as doses podem ser aplicadas. No Centro Regional de Saúde (CRS) do Bairro Tiradentes, logo no início da tarde, o tempo médio de espera chega a 1 hora.

A desempregada Soraia Ortiz, 28 anos, chegou ao local por volta das 13h30, disposta a enfrentar a fila. Quando a reportagem a abordou ela era das últimas e acreditava que aguardaria pelo menos duas horas.

“Eu sei que é importante, por isso vim assim que soube que tinham liberado para todos. Eu não vou embora sem vacinar, vou esperar o que for necessário”, disse ao lado do filho Carlos Eduardo, 7 anos, que também seria imunizado.

Mãe de uma criança de 4 anos que já foi vacinada, Marta Gomes, 29 anos, também estava esta tarde na unidade. “Eu soube que a vacina ia ser liberada para todo mundo e vim correndo. No ano passado eu trabalhava em Ceinf (Centro de Educação Infantil), vim três vezes no posto e em nenhuma vez tinha vacina. Hoje, ainda bem, consegui”, afirmou Marta, que está desempregada.

A partir desta segunda-feira (05) a vacina contra a gripe está liberada para toda a população, conforme determinação do Ministério da Saúde. Em Campo Grande, a vacinação continua sendo feita nas 65 unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades básicas de saúde da família (UBSF) de 7h às 11h e de 13h às 17h. Oficialmente, a campanha nacional contra a gripe termina na sexta-feira (9).

Os estados e municípios que não atingiram a meta de imunização, ou seja 90% de cobertura do público-alvo, deve liberar a vacina mediante a disponibilidade no estoque, conforme determinação do Ministério da Saúde. Até o momento, não houve nenhuma sinalização de que mais doses de vacina serão enviadas para os estados nem para os municípios para atender o público excedente.

“É preciso que isso fique claro para a população. Nós temos uma quantia limitada de vacinas em estoque e não vamos poder atender todo mundo”, reforça a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Mariah Barros.

Informações do último Boletim de Imunização, divulgado na sexta-feira (02), informou que até o dia 31 de maio, aproximadamente 137 mil pessoas haviam sido vacinadas, o que representa cerca de 70% de cobertura do público-alvo que é 197 mil pessoas. “Ou seja, nós temos menos de 60 mil doses para atender o restante do público-alvo e também o resto da população”, diz Mariah.

Por enquanto, a vacinação continuará sendo feita somente nas unidades de saúde e haverá controle através de senhas para evitar tumultuo e superlotação. “Cada unidade vai definir quantas senhas vai distribuir por período para poder fazer o controle das doses. Caso a pessoa não consiga pegar a senha para ser atendida de manhã, por exemplo, ela deverá voltar a tarde ou procurar uma outra unidade”.

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