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Vacinação mostra resultados e reduz internações e mortes de pessoas acima de 60 anos

Faixas etárias mais altas, contempladas nos grupos prioritários, já sofrem menos com a doença no país

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Divulgação

Apesar dos problemas para deslanchar, a campanha de vacinação contra a Covid-19 já começa a mostrar sinais positivos. O efeito é mais perceptível, neste momento, entre os integrantes dos primeiros grupos prioritários imunizados, de pessoas acima dos 60 anos.

Dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) apontam que as internações e mortes para maiores de 60 anos caíram nas últimas semanas em todo o país. O levantamento foi feito pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, com base nos registros das hospitalizações documentadas, em que o desfecho para o quadro clínico do paciente, sendo ele internado ou não, foi de óbito por síndrome respiratória aguda grave.

Entre 1º de maio e 10 de junho, a média móvel de internações para pessoas entre 60 e 69 anos caiu 46%. No mesmo período, a média para a faixa etária entre 50 e 59 anos subiu 23,3%. Já o mesmo indicador para pessoas entre 40 e 49 anos avançou 34%.

Foi considerado o período de 1º de janeiro deste ano até 10 de junho, porque os dados do Sivep-Gripe têm defasagem na atualização, e, em razão disso, quanto mais recente, mais incompletos estão.

A vacinação começou oficialmente no Brasil no dia 17 de janeiro deste ano. Desde então, o país passou por uma segunda onda de mortes provocadas pelo coronavírus e, no momento, tem média móvel de óbitos mais baixa do que o pico de abril, porém mais alta do que no auge da primeira onda.

Durante a segunda onda, as pessoas com idades mais avançadas continuaram a ser as mais internadas em virtude da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada por doenças respiratórias, como a Covid-19. Após pico no fim de março, a média móvel de internações começou a cair para todas as faixas etárias.

O movimento se interrompeu no fim de maio para todas as idades, com exceção do grupo de pessoas entre 60 e 69 anos, que seguiu apontando queda. Em 1º de maio, essa parcela da população deixou de liderar o ranking de internados e foi substituída por indivíduos na faixa de 50 a 59 anos.

Duas semanas depois, em 15 de maio, a categoria passou para o terceiro lugar, com a média móvel de internações de pessoas com 40 a 49 anos figurando na segunda colocação. No fim de maio, o indicador para indivíduos entre 60 e 69 anos ocupou o quarto lugar, onde está no momento. A terceira maior média é de pacientes com 30 a 39 anos.

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