Buscar

Vacinação obrigatória de bebês em 2017 foi a menor em 16 anos

Meta é imunizar 95% das crianças até dois anos, mas os índices ficaram mais baixos; Ministério da Saúde já lançou alerta para todos os estados.

Cb image default
Divulgação

Muitos brasileiros estão relaxando com uma medida importantíssima para a saúde dos bebês: a vacinação. A cobertura vacinal em 2017, no Brasil, foi a menor dos últimos 16 anos.

Não dá para relaxar com tanta fofura. É no início da vida, quando a saúde é mais frágil, que as vacinas não podem faltar.

“Chora só na hora, depois para. Ele reage bem. É uma coisa ótima, é um bem para ele”, diz uma mãe.

Era para ser assim com todos os bebês do Brasil, mas os dados do Ministério da Saúde preocupam: em 2017, o índice de vacinação no país atingiu o menor nível dos últimos 16 anos.

A meta é imunizar 95% das crianças até dois anos, mas os índices ficaram mais baixos, entre 71% e 84%. E são vacinas importantes que protegem contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, difteria, varicela, rotavírus e meningite.

A melhor cobertura é da vacina BCG, 91% contra a tuberculose, que geralmente é dada nas maternidades.

“O Ministério da Saúde já lançou um alerta para que todos os estados avaliem as suas coberturas vacinais, porque se nós pararmos de atingir as metas recomendadas pelo Ministério da Saúde e deixarmos as crianças desprotegidas, essas doenças voltarão a acontecer no território nacional”, disse Carla Domingues, coordenadora de Imunizações do Ministério da Saúde.

Até a vacinação contra a gripe está atrasada. Um novo prazo foi dado até sexta-feira (22). Quatro milhões de crianças entre seis meses e cinco anos ainda precisam ser imunizadas.

Em Roraima, por exemplo, a preocupação é com o sarampo, principalmente pela chegada de imigrantes venezuelanos. Atualmente há 172 casos confirmados da doença no estado.

A Sociedade Brasileira de Pediatria também fez um alerta por causa do surto de poliomielite na Venezuela. No Brasil, a doença está erradicada desde 1990.

“As vacinas são indispensáveis, porque são seguras e modificaram a epidemiologia das doenças nos últimos anos”, explica Luciana Rodrigues Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Gabriele tem seis meses. É uma menina criada com todo o amor, carinho, bem nutrida, viçosa. Mas nada disso adianta se ela não tiver a caderneta de vacinação em dia. Segundo os médicos, se não estiver em dia, a bebê fica desprotegida e até correndo risco de vida.

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, reforça o alerta: o caderno de vacinação das crianças tem que estar completo.

“Boa alimentação, uma vida saudável e carinho com certeza ajuda muito, mas em relação as doenças infeciosas, a vacina é o que faz a diferença”.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.