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‘Vamos viver dias terríveis’: MS chega a média de 850 casos por dia e internações aumentam

Secretário diz que já faltam leitos de UTI em hospitais de Campo Grande e Dourados

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A situação da pandemia de coronavírus tem preocupado as autoridades de saúde em Mato Grosso do Sul. 

Os números voltaram a crescer e MS chegou a uma média móvel de 850 casos por dia, a maior das últimas semanas. Além disso, as internações aumentaram e já faltam leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Estado, principalmente em Campo Grande e Dourados.

O secretário da SES (Secretaria de Estado de Saúde) Geraldo Resende se mostrou bastante preocupado com o cenário da pandemia durante a live nesta sexta-feira (26). “Vamos viver dias terríveis a partir desta semana”, disse Resende logo no início da transmissão.

A preocupação se deve ao aumento da média móvel de casos novos, ao número de internações e de mortes em Mato Grosso do Sul. “A partir da semana passada, houve um acréscimo significativo na média móvel de casos. Estivemos por vários dias abaixo de 700 casos. Agora, a nossa média móvel já ultrapassa 850 casos por dia”, lamentou o secretário.

Resende ainda citou o aumento de internações em MS. Há duas semanas, havia 474 pessoas internadas no Estado. Nesta sexta-feira (26), o número de internações chegou a 594. O secretário disse que não há leitos de UTI na cidade de Dourados e que já faltam leitos em hospitais da Capital.

“Não temos como ampliar leitos de UTI em Naviraí, montados e bancados pelo Governo do Estado, não temos como ampliar em Ponta Porã. Nós também não temos como ampliar leitos de UTI no Hospital Regional, nos falta o essencial: recursos humanos. Nós não temos médicos, não temos enfermeiros, não temos profissionais para fazer o manuseio correto desses pacientes”.

O número de óbitos também aumentou. Na semana anterior, a 7ª semana epidemiológica, MS teve 83 óbitos por Covid-19. A 8ª semana, que só encerra no sábado (27), já ultrapassou em número de óbitos: foram 95 mortes registradas entre domingo (21) e esta sexta (26). “Nestes últimos dias, o número de óbitos nos assombra”, disse o secretário, ao lembrar que foram mais de 20 óbitos registrados nos últimos boletins.

O secretário de Saúde de MS chegou a dizer que o cenário visto em Manaus e que chegou a atenção do país inteiro, onde não havia mais onde internar pacientes, pode acontecer em Mato Grosso do Sul caso a população continue a desrespeitar as orientações.

Na live da SES desta sexta-feira (26), Geraldo Resende também comentou sobre os pacientes internados em Campo Grande. Ele citou que o Hospital Regional atingiu o limite de sua capacidade e que serve como ‘desaguadouro’ para os casos da Capital.

Nesta semana, a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) divulgou nota, citando que pacientes do interior sobrecarregam a saúde pública da Capital. Porém, Geraldo Resende disse que trata-se de uma falácia. O secretário estadual de saúde ressalta que cerca de 90% dos casos no HRMS são de moradores da própria Capital. “É uma mentira deslavada de alguns dirigentes, que têm interesses mercantis”.

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