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Variação excessiva de humor pode esconder algum transtorno sério

Acredite ou não, existe um dia para celebrar o mau humor e ele é comemorado (ou não, dependendo do seu estado de espírto) nesta quinta-feira (13), no mundo todo. É claro que quase todos tem seus dias mais animados e aqueles de fúria, que, em geral, são decorrentes de brigas familiares, conflitos profissionais, dificuldades financeiras, excesso de trânsito, calor, frio, sono.

Mas a variação excessiva de humor pode camuflar alguma doença. É o que explica José Roberto Leite, psicólogo e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Quando a alternância ocorre de forma constante e acentuada, ou seja, de uma euforia excessiva para uma tristeza profunda, pode significar algum transtorno de humor. Segundo o especialista, o sujeito pode apresentar um quadro de humor distorcido por não lidar bem com situações adversas e ter surtos de irritabilidade, ansiedade.Ele explica que a linha tênue para buscar um ajuda profissional é quando as coisas no dia a dia não vão bem. Um bom sinalizador é quando a pessoa começa a sofrer uma série de problemas no cotidiano.O tratamento indicado, de acordo com o psicólogo, vai depender da pessoa e da intensidade do problema. Pode ser medicamentoso, com remédios sendo ministrados por meses ou mais de ano, e também psicoterápico, com 10 a 12 sessões mensais.

DistimiaConsiderada a doença do humor, a distimia é como a depressão, porém, ocorre de forma crônica, com a persistência de tristeza por longo tempo (pelo menos dois anos), durando a maior parte do dia, na maioria dos dias.Sua causa exata é desconhecida. Normalmente, ela é hereditária. Ocorre com mais frequência em mulheres do que em homens e afeta cerca de 5% da população.Muitas pessoas com distimia têm um problema médico de longo prazo ou outro transtorno mental, como ansiedade, abuso de álcool ou dependência de drogas. Cerca de metade das pessoas com distimia também terá um episódio de depressão profunda em algum momento de suas vidas.O principal sintoma é um comportamento depressivo. Além disso, dois ou mais dos seguintes sinais estarão presentes em quase todas as vezes que a pessoa apresentar o problema: perda da esperança; pouco ou muito sono; baixa energia ou fadiga; baixa autoestima; perda ou aumento do apetite; pouca concentração.O tratamento inclui terapia com medicamentos antidepressivos combinada a algum tipo de psicoterapia.AlimentaçãoExcluindo-se a questão de doenças e transtornos comportamentais, um componente importante e que afeta diretamente o estado de humor da pessoa é a alimentação. A nutricionista Karolina Jorge, da KJ Nutricional, elaborou um cardápio, indicando quais alimentos influenciam no humor.

Uma das paixões mundiais, o chocolate mexe com os neurotransmissores responsáveis pelo relaxamento. Verduras como brócolis e espinafre, e frutas como laranja, maracujá e jabuticaba, também são arma contra o mau humor.

São itens que trabalham na produção de serotonina e tripitofano, substâncias que fazem parte do indivíduo e atuam na ativação do bem estar do invidíduo. Agora não adianta comer alguma dessas opções uma vez por semana e nos outros dias não seguir o mesmo padrão alimentar, diz a especialista.

Ela afirma que o tempo para sentir os primeiros resultados varia de organismo para organismo. Não dá para afirmar concretamente, pois depende do nível de intoxicação da pessoa com alimentos inadequados. Fazendo tudo corretamente, melhorias começam a aparecer num prazo de um a três meses. 

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