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Centro de Parto Normal de Sidrolândia fecha as portas apos 7 anos

O Centro de Parto Normal não tinha uma equipe obstétrica (pediatra, obstetra e anestesita) o que é obrigatório

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CPN Sidrolândia - 

O Centro de Parto Normal, fechou nesta segunda-feira (1º) em Sidrolândia o serviço de parto humanizado que era referência no estado. O motivo do fechamento é conta de uma decisão judicial de 90 dias para contratação de uma equipe obstétrica.

Os novos profissionais da saúde iriam acompanhar os partos normais. Em caso de algum imprevisto, realizariam a cesariana. Porém, o hospital nunca teve essa equipe de retaguarda para a segurança das mães, mesmo realizando de 20 a 30 partos humanizados por mês. A ação na Justiça que cobra essa regularização já tem três anos.

A presidência do hospital afirma que o custo da equipe obstétrica é de aproximadamente R$ 350 mil por mês, e que já vem funcionando com déficit mensal. Sem recursos, tiveram de optar pelo encerramento do centro.

Segundo o atual Secretário da Saúde de Sidrolândia,  Luiz Carlos da Silva, ele vai tentar uma nova negociação para que o serviço possa voltar a funcionar.

O fechamento faz com que a população de Sidrolândia não tenha mais partos normais realizados na cidade, já que as cesárias já eram encaminhadas para Campo Grande.

RELEMBRE A FALA DO EX PRESIDENTE DO HOSPITAL JAIR NASCIMENTO NO DIA DA INAUGURAÇÃO 

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A unidade de Sidrolândia realizou 1.736 partos nos últimos sete anos. Era uma opção de parto não só para as mulheres do município, como para as cidades próximas, inclusive Campo Grande.

Maternidades não comportam demanda

Campo Grande tem poucas opções de maternidade, que muitas vezes não atendem à demanda do SUS. A doula Laís Camargo, afirma que desde dezembro de 2022, por várias vezes encontrou os hospitais lotados.

"A maternidade Candido Mariano não comporta a demanda, Hospital Universitário também vive cheio. O CPN era uma ajuda a atender interior e também a Capital, vamos perder muito enquanto não tivermos mais opções de maternidade", explica a doula.

Mas o CPN não representa apenas mais uma opção de lugar para dar à luz. O espaço é referência em boas práticas em relação ao parto normal. "Tem muitas mulheres que não se sentem confortáveis com o ambiente hospitalar e o CPN é um meio-termo entre hospital e casa, além de extremamente seguro", comenta Laís.

A defensora pública Thais Dominato, coordenadora do Nudem (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa da Mulher), classifica o fechamento da unidade como lastimável. "É um retrocesso em termos de direito das mulheres. A gente precisa de outros centros como o CPN e não fechar ele. É uma lástima não haver um acordo para manter essa unidade".

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